UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Privatização da linha 7-Rubi afeta milhares de trabalhadores que acessam o transporte público

Leia também

A privatização da linha 7-Rubi é mais uma na onda de privatizações que têm ocorrido no Estado de São Paulo desde que o governo fascista assumiu. Em março deste ano houve privatização das linhas: 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade

Arthur Nunes | Jundiaí (SP)


TRABALHADOR UNIDO – O processo de transição de gerência teve seu início no dia 25 de agosto, sendo que a linha ainda irá operar com a supervisão da CPTM até 26 de novembro. Depois disso, o contrato firmado entre a empresa e o governo do Estado prevê que a concessão durará 30 anos.
A privatização da linha Rubi é mais uma na onda de privatizações que têm ocorrido no Estado de São Paulo desde que o governo fascista assumiu. Em março deste ano houve privatização de outras três linhas: 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
Para justificar a venda de direitos do povo, os políticos dos ricos dizem que “as privatizações melhoram os serviços, já que a competição do mercado garante que a empresa com o melhor desempenho e preço mais barato prospere.” Além disso, precarizam serviços essenciais, mediante cortes de investimentos, para manipular a população a se revoltar contra o setor público e favorecer o privado.
Na cidade de Jundiaí os cortes que os serviços de saúde sofreram no ano passado afetaram muito a vida da população. Com redução de leitos, cirurgias desmarcadas, menos recursos para tratamentos de radiografia e quimioterapia, problemas na distribuição de remédios etc.

Privatizações sempre pioram a vida dos trabalhadores. 

Apesar das mentiras e manipulações dos fascistas, a população sente na pele a piora dos serviços privatizados. Exemplo dessa situação foi o caso da linha 9-Esmeralda em que um dos trens pegou fogo em novembro do ano passado. A empresa encarregada da linha, ViaMobilidade, já havia sido alvo de diversas críticas por falhas elétricas, atrasos e problemas na operação.
O trem que pegou fogo era um dos mais novos da linha e estava em operação há apenas um mês. Em 2023, a empresa chegou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, no qual se comprometeu a pagar indenização aos passageiros das linhas 8 e 9 em troca de não ser processada.
Agora o novo prejuízo para os trabalhadores vem na forma da privatização da linha 7-Rubi. No dia 28 de agosto, cessou o serviço 710, que unia as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa. A união dessas duas linhas possibilitava viagens diretas de Jundiaí até Rio Grande da Serra.
Esse trajeto permitia acesso fácil a diversas cidades do interior do Estado, como: Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras etc. Como também à boa parte da região metropolitana de São Paulo, incluindo o ABC Paulista.
Com o fim do serviço, trabalhadores que precisam fazer longas viagens percorrendo o interior ou o ABC levarão mais tempo para realizar esses trajetos, já que o número de baldeações aumentou. O Sindicato dos Metroviários estima que por volta de 200 mil trabalhadores podem ser afetados pelo fim do serviço.

Mentiras da burguesia

Quando questionada sobre a medida, a CPTM afirmou que a estação da Barra Funda possui uma estrutura que confere “maior capacidade para absorver o fluxo de passageiros.” Ou seja, implica que a alteração significará uma maior eficácia do transporte público. Isso é um tanto estranho, já que em 2022, 1 ano após a união das linhas, a CPTM comemorou a redução de baldeações, resultante do serviço 710.
Segundo o gestor de operações da CPTM Iran Leão: “É claro que o conforto do passageiro que não fazia nenhuma conexão, agora exigirá uma, mas, dentro de um sistema tão grande como o nosso, sempre haverá necessidade de baldeações(…)”. Em outras palavras, para esse governo fascista, é aceitável aumentar o tempo de deslocamento de trabalhadores (que já gastam 2 horas diárias ou mais no transporte público), que trens peguem fogo, cheguem atrasados e tenham falhas elétricas.
Por isso, o povo trabalhador tem se organizado para lutar contra a privatização dos serviços públicos e em defesa de um transporte de qualidade. Enquanto o transporte for sinônimo de lucro para os grandes empresários, o povo continuará sofrendo com longas jornadas do trem e falhas na linhas que podem até custar a vida de um trabalhador.

More articles

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos