Encontro acontece a cada dois anos e teve uma participação de mais de 6 mil de pessoas, debatendo agroecologia, agricultura familiar e alternativas para combater o agronegócio e as políticas imperialistas para o meio ambiente.
Marcelo Pessoa- Petrolina (PE)
MEIO AMBIENTE- Aconteceu em Juazeiro da Bahia na Univasf (Universidade do Vale do São Francisco) durante os dias 15 a 18 de outubro o 13° Congresso Brasileiro de Agroecologia com o lema: Agroecologia, Convivência com os Territórios Brasileiros e Justiça Climática. O evento contou com mais de 6 mil participantes e, com o objetivo de promover a agroecologia como solução para a crise a atual climática, debateu a conjuntura global e como a atual fase do sistema capitalista simplesmente não consegue salvar o futuro de nosso planeta.
O CBA é realizado a cada dois anos e tem a participação de estudantes, pesquisadores, entidades da sociedade civil organizada e ativistas em defesa do meio ambiente. A militância da Unidade Popular e do Movimento Correnteza participaram da atividade, que contou com uma brigada do jornal A Verdade e uma banca com os materiais das edições Manoel Lisboa. Com a proximidade da COP 30, em Belém do Pará, as questões ambientais, o combate ao agrotóxico e o combate aos danos à biodiversidade deram o tom do debate.
O encontro também serviu para o governo federal anunciar ações para a agricultura familiar e c contou com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues e dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Márcio Macedo (Secretário-geral da Presidência que foi substituído por Guilherme Boulos) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), mas apesar dos anúncios de crédito para projetos da agricultura familiar, é importante lembrar que a prioridade do governo Lula é priorizar o agronegócio, que recebeu de orçamento no Plano Safra 2025/2026 R$516,2 bilhões, apesar de sabermos que quem garante a alimentação do brasileiro é a agricultura familiar, que inclusive vem sofrendo com o tarifaço do Donald Trump.
Ou seja, para além do discurso, é preciso que uma política verdadeiramente voltada para combater a destruição do meio ambiente e a alimentação saudável, mas o capitalismo e seus mantenedores não conseguem garantir essa mudança nos moldes atuais desse sistema. Ou mudamos o atua modo de produção social ou ele irá nos destruir.
