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quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Ato em Patos (PB) denuncia reforma administrativa e aponta Hugo Motta como responsável por tentar desmonte do serviço público

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Manifestação uniu sindicatos, centrais, partidos de esquerda e militantes para denunciar mais um ataque ao povo trabalhador, dessa vez, a reforma administrativa. 

Jozivan Antero e Abdias Duque | Paraíba


 

TRABALHADOR UNIDO- O povo brasileiro ainda amarga a reforma previdenciária e a trabalhista, que causou danos sociais sem precedentes ao dificultar a aposentadoria e permitir a chamada flexibilização das leis trabalhistas, permitindo uma exploração sem precedentes aos trabalhadores e trabalhadoras desde que entrou em vigor. Em 2017, o congresso aprovou a reforma trabalhista e, em 2019, a reforma previdenciária.

Em 2025, o Congresso Nacional prepara mais um grande ataque, desta vez ao serviço público, propondo uma nova reforma administrativa, tendo como articulador e relator o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), contando com o apoio do deputado federal Hugo Motta (Republicanos – PB).

Para denunciar mais esse ataque aos direitos sociais, a Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT PB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba (CTB), além de sindicatos, partidos políticos, vários movimentos e cidadãos conscientes, realizaram um ato público na manhã do dia 25 de outubro, no Município de Patos, cidade natal de Hugo Motta e berço da oligarquia Motta/Wanderley.

 

Mobilização e denuncia

Usando cartazes, faixas, carro de som e muita disposição, caravanas vindas de várias cidades da Paraíba e dos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, fizeram uma caminhada que teve início na Praça Edivaldo Motta e percorreu ruas centrais até a Praça Cícero Supino, onde houve falas explicando a sociedade sobre a proposta que causa um verdadeiro desmonte no serviço público e entrega para exploração do mercado financeiro e ao interesse de poucos em detrimento da sociedade brasileira.

A Unidade Popular pelo Socialismo (UP) estive presente, com uma grande brigada do Jornal A Verdade e chamando a atenção para a proposta da reforma administrativa que, de forma clara, propõe o fim do serviço público e leva à lógica do mercado onde tudo é lucro.

“A reforma não busca aprimorar o serviço público, mas remodelá-lo segundo uma lógica empresarial, voltada à produtividade e ao corte de gastos. O resultado é um Estado enfraquecido, menos democrático e mais vulnerável às pressões políticas”, alerta a advogada Camila Louise Galdino Cândido.

Entre as principais críticas, especialistas apontam o caráter centralizador e autoritário da Reforma Administrativa. A PEC retira de estados e municípios a autonomia para gerir seus quadros de servidores, transferindo à União o controle sobre políticas de pessoal, incluindo regras de carreira, concursos, remuneração, benefícios, avaliação de desempenho e gestão de cargos comissionados.

A proposta autoriza o Poder Executivo a extinguir cargos públicos por decreto, sem aprovação do Congresso. A medida abre margem para arbitrariedades, perseguições políticas e o esvaziamento de áreas consideradas incômodas a determinados governos.

 

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