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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Nota da Unidade Popular (UP) sobre o Equador

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Executiva Nacional da Unidade Popular (UP)


INTERNACIONAL – As últimas semanas foram marcadas por enormes manifestações e por uma greve geral no Equador. Enquanto cresce a organização popular, a resposta do reacionário governo de Daniel Noboa é ampliar a repressão contra o povo equatoriano.

A greve nacional teve como destaques a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), a União Nacional dos Educadores (UNE), sindicatos e organizações da juventude dos movimentos sociais, e, em sua pauta, o colapso no sistema de saúde, o aumento do desemprego e do custo de vida, além da crescente onda de violência no país, que só foi aumentada com a truculência do Estado.

A imprensa mantém o discurso de que o motivo do conflito foi o corte do subsídio do diesel, o que fez aumentar o preço dos combustíveis e de diversos produtos. Porém, as manifestações e protestos, que culminaram nessa greve nacional, são em resposta ao programa de reformas impostas pelo presidente para atender às ordens do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Sob o discurso de empréstimo ao país, num total de US$ 5 bilhões, o FMI cobra medidas de austeridade e desmonte do serviço público, o que, em junho, culminou na demissão de 5 mil funcionários públicos, e aprovação de uma lei antiterrorista para coibir as manifestações. Além disso, Noboa colocou 12 províncias em estado de emergência.

A repressão contra o povo, com ataques nas ruas e militares armados, visa apenas a manter o governo do bilionário Daniel Noboa, que foi reeleito em abril deste ano com a promessa de enfrentar problemas crônicos do país, como a violência e o tráfico de drogas.

Amigo de Trump, a política de Noboa era esperada: jogar a população mais pobre nas mãos das especuladoras do FMI e aprofundar a crise econômica no país. Com uma economia dolarizada desde 2000, a dependência ao capital estrangeiro fica ainda mais aprofundada, e a classe trabalhadora é quem fica no prejuízo. É exatamente esse prejuízo para a educação, saúde, moradia e segurança pública que o povo equatoriano mostra não estar disposto a pagar.

Nós, da Unidade Popular (UP), nos solidarizamos com a luta dos povos equatorianos contra esse desmonte imposto pelo FMl e pelas elites mundiais. A classe trabalhadora equatoriana não deve pagar pela crise e pelo arrocho promovido pela sua elite local.

Todo apoio aos lutadores e lutadoras que estão nas ruas contra o governo fascista de Daniel Noboa. Fora o FMI do Equador e da América Latina! O povo pobre não vai sustentar a ganância do imperialismo e de seus governos de bilionários e patrões.

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