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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Trabalhadores da Provider são demitidos após paralisação por pagamento de salários

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A Provider demitiu os trabalhadores que paralisaram suas atividades para exigir o pagamento dos salários de dezembro, que estavam em atraso desde o quinto dia útil.

Redação PE


TRABALHADOR UNIDO – Na última terça-feira (9), os trabalhadores da Provider, empresa de callcenter, iniciaram uma paralisação para exigir o pagamento dos salários atrasados. A paralisação expôs a prática de exploração da empresa, que atrasa os pagamentos constantemente e submete os empregados a uma jornada exaustiva em escala 6×1, com poucos intervalos de descanso durante o dia.

A denúncia do atraso constante no pagamento de salários se intensificou nos últimos meses. O prazo legal para o pagamento do salário referente a dezembro expirou no quinto dia útil (05 de dezembro), mas, até o dia 12, os valores não haviam sido creditados. A ausência do seu salário tem provocado sérios prejuízos aos trabalhadores, que dependem desse dinheiro para despesas básicas, como aluguel e alimentação, sofrendo com multas e juros por responsabilidade da empresa.

Há ainda relatos de que não é a primeira vez que os trabalhadores recebem os salários atrasados. No mês de setembro eles receberam no dia 8/9, mas no contracheque consta como pago dia 5/9, ou seja, ainda existe fraude.

O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (SINTTEL-PE) que deveria representar os interesses da classe, não reconheceram a paralisação e ficaram em meras conversas internas com a empresa, sem dialogar com os trabalhadores. Mesmo com uma história de décadas de atuação na luta sindical no país, desde a ditadura à “redemocratização”, hoje o sindicato está totalmente aparelhado para atuar contra a própria classe e nada faz para mobilizar as lutas dos trabalhadores da categoria.

Para piorar, no dia 12 de dezembro, 3 dias após o início da paralisação, a Provider iniciou uma série de demissões dos trabalhadores que estavam lutando pelo pagamento dos salários em uma paralisação justa e legal. Para justificar a demissão, a Provider diz que os trabalhadores cometeram “atos de indisciplina e desídia”. Em clara demonstração de perseguição, os patrões resolvem fazer o que sempre fazem: desmobilizar as lutas da classe trabalhadora por melhores salários e condições de vida em prol de seus lucros.

Agora cabe aos trabalhadores não desistirem dessa luta e insistir para que essa exploração dos grandes ricos acabe. É pela readmissão imediata dos trabalhadores demitidos em massa pela Provider, após a justa paralisação motivada pelo atraso no pagamento de salários. Os trabalhadores exigem o fim da exaustiva e desumana escala de trabalho 6×1, que compromete sua saúde física e mental e impede o convívio social e familiar adequado.

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