No Estado da Bahia quase um milhão de pessoas moram em favelas, nas ruas ou de favor. E foi com essa realidade na cabeça que, durante a madrugada do dia 25 de setembro, dezenas de famílias organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocuparam um prédio no bairro do Comércio, em Salvador, que há anos, estava abandonado, servindo apenas para especulação imobiliária e para manter fachada para turista fotografar. A ocupação foi batizada de Luiza Mahin, em homenagem a esta mulher negra, símbolo da luta antiescravista.
A realidade em Salvador é que o povo trabalhador foi estrategicamente afastado dos centros da cidade desde a escravidão. Sendo que é no centro onde se trabalha, estuda, faz tudo, menos poder morar dignamente.
Janete, moradora da ocupação, diz que “a pior situação que existe é estar sem casa, porque tem mês que tenho que escolher entre o mercado e o aluguel, e acabo pagando o aluguel”. Uma vergonha é saber que a Prefeitura de Salvador, dirigida por ACM Neto (DEM), gastou mais de R$ 200 milhões nas obras de requalificação da orla, enquanto o povo dos bairros pobres enfrenta postos de saúde precários, a falta de creches, sem saneamento básico, e ainda violência policial, desemprego, etc. Com esse prefeito, que apoiou o golpe de Michel Temer e da burguesia, o povo só vê retrocessos.
A mobilização de apoio à ocupação tem sido de suma importância. A Ocupação Luisa Mahin nasce da força do povo trabalhador organizado e precisa de todo o apoio possível para resistir.
Viva a Ocupação Luísa Mahin!
Fora Temer!
Redação Salvador
Muito bom
Adorei. . Oque fazer quando a pessoa está mais de cinco anos em uma ocupação e a coordenação são exploradores. ?