Olga nasceu em 12 de fevereiro de 1908 em Munique, na Alemanha. Aos 15 anos, sensibilizada pelos problemas sociais que abalavam a Alemanha nos anos 1920, aproximou-se da Juventude Comunista, organização política em que passaria a militar ativamente. Aos 16 anos, abandonou a casa dos pais e seguiu para o bairro operário de Neukölln, em Berlim, onde desenvolveu intensa atividade política. Ela se tornou então uma militante revolucionária, uma comunista internacionalista, decidida a dedicar sua vida à luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Nem mesmo os padecimentos em campos de concentração nazistas abalaram sua generosidade, caráter e convicções políticas. O que ficou explícito em sua última carta escrita ao marido, Luiz Carlos Prestes, e à filha, Anita Leocadia Prestes, no campo de concentração de Ravensbrück, antes de ser conduzida à morte em uma câmara de gás, em abril de 1942:
“Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. (…) Até o último momento manter-me-ei firme e com vontade de viver”.
Nomes como de Olga Binário, Carlos Prestes, Apolônio, Anita Garibaldi, Lamarca, Marighela, Wladimir Herzog, irmã Estein Ana Neri. E uma infinita lista de nomes alguns quase anônimos, mas nunca menos importante para quem sabe e conhece cada passo da luta pelo socialismo com justiça social e com igualdade de condição para viver sem repressão e ou opressão. Sabe valorizar e, com muito respeito os venera. Viva os lutadores do povo. Mesmo imemorial.