Por Felipe Annunziata | Redação Rio
RIO DE JANEIRO – Na última quinta (04), a assembleia dos trabalhadores da rede aprovou a construção de uma greve por melhores salários. O setor é composto por trabalhadores responsáveis pela instalação e manutenção da rede telefônica e de internet. São milhares de homens e mulheres que saem todos os dias para manter estável toda a rede de telecomunicações do estado do Rio. Serviços públicos, celulares, computadores e telefones dependem do serviço desses trabalhadores para se manterem.
A situação se acirrou por conta da atitude das várias empresas do setor começarem a se colocar de forma irredutível nas rodadas de negociação. O sindicato exigia o reajuste dos salários de acordo com a inflação para repor as perdas de renda que a pandemia agravou.
Os trabalhadores tem passado por um período bastante difícil desde as demissões em massa realizadas pelas empresas no ano passado. Após as demissões e para manter seus lucros altos, os patrões estão forçando os empregados a terem uma jornada ainda mais dura de trabalho.
Diante disso, após três rodadas sem sucesso com o sindicato patronal, o SINTTEL-Rio (sindicato da categoria) convocou uma assembleia que foi realizada nesta quinta (4). Respeitando todos os protocolos de prevenção à COVID-19, os trabalhadores presentes aprovaram por unanimidade a greve de forma escalonada.
De acordo com o encaminhamento aprovado na assembleia, cada semana a categoria realizará paralisações parciais, aumentando a quantidade de tempo parado a medida que as empresas se mantiverem irredutíveis. Se a situação continuar sem acordo, a proposta aprovada prevê a iniciação da greve total a partir do dia 31 de março.
Já há nova rodada de negociação marcada para o próximo dia 8. Diretores do sindicato tem afirmado que sem haver acordo a única saída será a greve.