Mesmo com os ataques da extrema-direita, partidos e organizações políticas se mobilizaram contra o fascismo no Ceará.
Haroldo Neto e Gabrielly Almeida | Fortaleza
LUTA POPULAR – No dia 23 de março, a Unidade Popular (UP) esteve presente, junto com outros partidos, no ato nacional pela prisão de Bolsonaro e os generais golpistas, em defesa da democracia e contra o genocídio na Palestina. A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo foram as que organizaram e planejaram tais atividades no país.
A militância da UP e demais movimentos\entidades que a constroem estiveram presentes compondo mais da metade das pessoas na Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza. Houve uma grande roda de leitura do editorial da edição nº 288 do Jornal A Verdade, dando desdobramentos cada vez mais terríveis sobre a verdadeira política de extermínio situada na Faixa de Gaza contra o povo palestino, tudo por conta do imperialismo estadunidense e o governo sionista de Israel que despejaram cerca de 45 mil bombas contra centenas de civis.
Infelizmente, o ato também foi marcado por ataques de fascistas e pela repressão policial. Militantes da extrema-direita invadiram o ato, gravando nossa manifestação enquanto expressava diversas ofensas e provocações, no intuito de desmoralizar nossa luta. Até que houve vários momentos de confusão entre os dois lados e a Polícia Militar do Ceará tentou dispersar o ato, ameaçando com diversos PM’s altamente armados, enquanto havia dezenas de militantes trabalhadores, mulheres e jovens se manifestando pacificamente, atuando no direito construir mobilização.
Os fascistas e policiais foram rechaçados pela unidade da militância gritando a palavra de ordem “o povo tem direito de se manifestar!” e “recua, fascista, recua! É o poder popular que tá na rua!” mostrando novamente que apenas a união do conjunto das forças antifascistas pode fazer frente aos ataques aos movimentos sociais e criando vanguarda diante da extrema direita no nosso país.
Ainda durante a fala da companheira Bia, militante do Movimento Rebele-se e representante da União dos Estudantes Secundaristas da Região Metropolitana de Fortaleza (UESM), um dos fascistas foram para cima da multidão atrapalhar as intervenções, e claro, a polícia nada fez para o detê-lo. Pelo contrário, atuou com simpatia e favoreceu o que planejavam: acabar com o ato que pede para o fascista, genocida e miliciano Jair Bolsonaro seja punido junto com os generais, por todos os crimes contra a classe trabalhadora antes e durante seu governo, além de ainda estar ameaçando a já tão débil democracia no país. Apesar disso, a secundarista de luta no estado mandou o recado para aqueles que propagam a ideologia de morte, dos que oprimem e exploram a juventude e o povo pobre.
“Essa impunidade que a gente tanto fala hoje nesse ato, que marca os 60 anos de ditadura militar no nosso país, permite que a polícia militar vá às periferias e massacre nosso povo!” diz Nathan, militante da UJR, representando o DCE da UFC. A gente só vai garantir a democracia nas ruas com grandes atos pela prisão dos golpistas, de Bolsonaro e dos generais. E a luta pelo fim dessa instituição podre que é a polícia militar, que já não deveria mais existir.