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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Mulheres ocupam Secretaria municipal de Educação de Natal (RN) por mais vagas nas creches e conquistam vitória

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Na última quarta-feira (12) as mulheres moradoras da periferia de Natal organizaram uma ocupação na Secretaria Municipal de Educação (SME)

Coordenação Estadual do Movimento de Mulheres Olga Benario | Natal (RN)


MULHERES – No dia 12 de fevereiro, cerca de 80 mulheres do Movimento de Mulheres Olga Benario ocuparam a Secretaria Municipal de Educação de Natal. As principais reinvidicações foram a ampliação de vagas nas creches dos bairros da Rocas e do Guarapes, além da criação de uma nova unidade no conjunto habitacional Village da Prata, localizado no Guarapes.

No ano passado, foram mais de mil crianças que não tiveram acesso a um centro de educação do nível infantil. Muitas dessas famílias não contempladas estão nas zonas periféricas da capital, como a zona oeste e a zona leste.

“Minha filha ainda tentou deixar meus netos comigo, mas sou uma pessoa doente e com muito problema de pressão. Para cuidar de criança você tem que ter uma saúde boa e acabou que não deu certo e ela teve que deixar o emprego [de garçonete] porque era o dia todo, quando não a noite”, relata Marinês Oliveira, moradora do Leningrado e militante do Movimento Olga Benario.

Além disso, com a mudança de gestão, a Prefeitura de Natal anunciou que pretende buscar PPPs (Parcerias Público Privadas) para construção de escolas e creches no município, com a alegação de cortar gastos. “Por que não reativar os CMEIs que já temos? Preferem enriquecer o bolso dos ricos, mas é a Prefeitura que é responsável pela Educação e não o setor privado”, critica Kivia Moreira, militante do Movimento Olga Benario.

Quem Luta, conquista!

Graças a manifestação na secretaria, foi acordado com o movimento que haveria uma reunião na próxima segunda-feira (17) entre o movimento e o atual secretário Aldo Fernandes para tratar dessa demanda pela creche nos bairros.  

Após meses de mobilização nas periferias com panfletos e o jornal A Verdade, estivemos conversando com as mulheres sobre as dificuldades enfrentadas pela falta de ter onde colocar suas crianças para poder ir trabalhar ou estudar. Assim conseguimos organizar núcleos do movimento nos bairros, onde debatíamos a necessidade da organização das mulheres e a falta de perspectiva que nos é colocada por causa desse sistema capitalista.

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