O número de palestinos mortos pelo regime nazi-sionista pode alcançar a trágica marca de 200 mil. Dentro desta realidade devastadora, as mulheres são alvos do genocídio, correspondendo a 24,5% dos assassinatos cometidos por Israel na Palestina desde 2023.
Alice Morais | Natal (RN)
MULHERES – Segundo estudo da revista The Lancet, o número de palestinos mortos pelo regime sionista pode chegar a 200 mil, contabilizando os números de assassinatos não registrados. Segundo a Federação Árabe-Palestina no Brasil (Fepal), as mulheres equivalem a 24,5% dos assassinatos cometidos por Israel desde 2023. Em tempos de guerras e crises, as mulheres são as mais afetadas.
Isso acontece porque, no sistema capitalista, as mulheres se tornam subjugadas aos interesses dos ricos (em sua maioria homens). E, se são elas as principais responsáveis por manter a família, são também as mais afetadas pela perda de empregos, deslocamentos forçados e falta de acesso a recursos.
E mais: como forma de garantir a sujeição das mulheres, elas são estupradas e violentadas sexualmente. “Estupros foram cometidos principalmente por oficiais israelenses mulheres, que inseriram objetos nos órgãos genitais de palestinas detidas. Também documentamos um caso de estupro coletivo por dois soldados diferentes, duas vezes, em uma mulher palestina em um centro de detenção. Ela disse que foi filmada durante o ataque”, denunciou Kifeya Khraim, numa Comissão da ONU.
O assassinato das palestinas não é uma mera casualidade, mas parte de um projeto em curso de eliminação do povo, uma tática de guerra utilizada por Israel para concretizar o extermínio. Daí as razões pelas quais as mulheres estão tão presentes nas estatísticas sobre assassinatos e carestia em Gaza.
Porém, a História nos mostra que sobretudo as mulheres não abaixam a cabeça diante das injustiças e opressões. O Movimento de Mulheres Olga Benario e a Unidade Popular (UP) têm se somado aos atos que denunciam os crimes de Israel.
“Construímos o Comitê Cearense de Solidariedade ao Povo Palestino com outras forças políticas e camaradas da comunidade muçulmana, como a Karine Garcêz, que fundou o Comitê. Sabemos que não basta nos posicionar, precisamos agir. Mesmo distantes, pressionamos o governo brasileiro (que ainda mantém relações com Israel) e dialogamos com o povo, mostrando como esse massacre nos diz respeito, que o mesmo imperialismo estadunidense que oprime a Palestina nos ataca aqui também”, afirma Andressa Oliveira, militante do Movimento Olga Benario no Ceará.
Ir às ruas denunciar o genocídio mostra a solidariedade entre os trabalhadores do mundo e o repúdio do povo a essa barbaridade. A luta continua pelo fim das relações Brasil-Israel e a libertação do povo palestino. Mostrar repúdio e revolta popular nas ruas é a única forma de fazer a pressão contrária ao imperialismo e reafirmar o direito dos povos do mundo à soberania e à liberdade.
Matéria publicada na edição impressa nº320 do jornal A Verdade