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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Polícia Militar do Paraná assassina e arrasta corpo de jovem em Curitiba

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Yago Pires, de apenas 20 anos, foi rendido dentro da casa de sua avó e morto a tiros durante o cumprimento de suposto mandado de busca.

Gabriela Torres | Redação Paraná


BRASIL – No amanhecer desta terça (7), vídeos da polícia militar arrastando um corpo para um galpão de materiais recicláveis circularam nas redes digitais. Yago Gabriel Pires de Oliveira, de apenas 20 anos, foi assassinado pela polícia militar durante uma operação  na favela do Parolin com mais de dez tiros. O jovem negro estava dentro de casa, com seu irmão mais novo de apenas 9 anos quando os policiais invadiram o imóvel sem justificativa, casa onde residem outras oito crianças.

Após o crime, os policiais envolvidos foram registrados arrastando o corpo ensanguentado para o galpão, em um vídeo que repercutiu nas redes digitais. A Polícia alega que tentava ajudar o jovem baleado, mas a família que testemunhou o homicídio foi impedida de pedir socorro médico, mantida sob a mira dos policiais que seguiram dentro da casa. Após a chegada da ambulância, os socorristas foram impedidos de entrar no galpão, e Yago foi deixado jogado em meio às latinhas que trabalhava recolhendo.

Durante o mês de setembro, Ivan Ramos Mathias Filho de apenas 23 anos foi torturado e espancado no mesmo bairro por agentes da polícia, sendo posteriormente assassinado. A campanha de terror que violenta os moradores do Parolin é a expressão da política de morte do governador Ratinho Jr., que anunciou na última semana a maior compra de fuzis desde a sua reeleição: mais de 116 milhões de reais do dinheiro do povo paranaense. Segundo a Rede Nenhuma Vida a Menos, um helicóptero de R$9,7 milhões pagaria o salário de 2000 professores. 

“O que fizeram foi desumano. O policial arrastou ele igual a um animal. Até agora está cheio de sangue o galpão. Tem latinha furada de tiro. Se você quer conter uma pessoa, daria um tiro na perna. Mas eles deram todos os tiros na barriga, no tórax. Foi para matar mesmo. Foi execução”, relatou uma testemunha.

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