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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Minha Homenagem ao MLB

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Graças ao exemplo do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, o MLB, nós podemos ver que é possível construir realmente um novo mundo. Essa é a minha homenagem ao MLB e a todas as famílias que compõem essa verdadeira trincheira de luta.

Alberes Simão| Petrolina


 

CARTA- Em meio à crescente crise econômica e social que castiga o povo trabalhador, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) tem se consolidado como uma das principais expressões da organização popular nas periferias urbanas do Brasil. Nascido das entranhas do povo pobre e explorado, o MLB mostra, na prática, que só a luta organizada pode arrancar conquistas e enfrentar o poder dos ricos e dos governos que os servem.

Desde sua fundação, o movimento tem demonstrado uma combatividade incansável na defesa do direito à moradia digna, à terra urbana e à cidade para quem nela vive e trabalha. Em cada ocupação, em cada assembleia e em cada ato de rua, o MLB reafirma sua posição de independência de classe, recusando-se a se curvar diante dos interesses da burguesia ou das falsas promessas eleitorais.

Nas ocupações urbanas que florescem em dezenas de cidades, o MLB transforma o abandono e a miséria impostos pelo capitalismo em espaços de resistência e solidariedade. Onde antes havia terrenos ociosos e prédios abandonados, hoje brotam comunidades cheias de vida, esperança e consciência política. Ali, o povo aprende, na prática, o verdadeiro sentido da organização popular e do poder coletivo.

Mais do que lutar por moradia, o MLB constrói poder popular. Em suas fileiras, homens e mulheres do povo tomam nas mãos o destino de suas vidas, discutem política, decidem coletivamente, enfrentam despejos e repressões, e seguem firmes na luta por uma nova sociedade, livre da exploração do homem pelo homem.

Num país em que o desemprego, a fome e o despejo são armas de controle social, o MLB se ergue como símbolo de resistência e de esperança. Sua força está na unidade e na combatividade do povo pobre, que não aceita mais viver de migalhas.

Enquanto os ricos concentram terras e lucros, o povo organizado mostra que a cidade pertence a quem nela trabalha e luta. O MLB é a expressão viva dessa verdade e segue marchando ao lado de outros movimentos populares e forças revolucionárias, construindo no presente os alicerces de um futuro socialista.

Um momento inesquecível para nossa luta

O 7 de setembro desse ano vai ficar para sempre em minha memória, e deveria estar na mente de todos lutadores, especialmente aqueles que tiveram a honra de construí-lo. Foi uma poderosa e verdadeira jornada de lutas, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) realizou, neste mês, a ocupação de mais de 15 prédios e terrenos abandonados em diversas cidades do país. Os imóveis, sem função social há anos, foram transformados em espaços de moradia, dignidade e resistência popular, reafirmando a máxima de que “onde não há justiça, o povo organiza e constrói o poder popular.”

As ações, realizadas de forma coordenada, mobilizaram milhares de famílias trabalhadoras, que sofrem com o aumento do aluguel, o desemprego e a falta de políticas habitacionais. De norte a sul, as ocupações se tornaram símbolo da luta pelo direito constitucional à moradia e denúncia viva do abandono do Estado e da especulação imobiliária que domina as grandes cidades brasileiras.

“Enquanto milhares dormem nas ruas, há prédios inteiros vazios nas mãos de especuladores. O povo não aceita mais ser invisível. O que o capitalismo nega, o povo conquista com organização e coragem”, afirmou um coordenador nacional do MLB.

Os empreendimentos ocupados, muitos pertencentes a bancos, grandes construtoras e ao próprio poder público, estavam anos sem cumprir sua função social, servindo apenas ao lucro e à especulação. Com as ocupações, o MLB devolve sentido social ao espaço urbano, transformando o abandono em vida coletiva, e o concreto frio em esperança.

“O 7 de setembro do povo não é o dos generais nem dos empresários. É o 7 de setembro das mães que lutam por creche, dos jovens sem oportunidade, dos trabalhadores sem teto e sem terra”, declarou uma das lideranças do movimento.”

O MLB transformou o dia, historicamente usado pela elite para reafirmar seus privilégios, em um ato de resistência popular. Em várias cidades, o movimento articulou ações conjuntas com sindicatos, movimentos de juventude, coletivos culturais e frentes de esquerda.

As falas dos manifestantes lembraram que não há independência com fome, nem liberdade com desigualdade. A pauta central foi a defesa de políticas públicas para as favelas, moradia digna, transporte acessível, educação pública e direito à cidade.

Em Recife, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, os atos ganharam caráter de festa e luta: artistas locais se apresentaram, crianças leram poesias, e militantes lembraram o legado dos que tombaram na luta por um Brasil verdadeiramente popular.

“O Brasil que queremos não é o das armas, mas o do pão, do livro e da dignidade”, afirmou um dos participantes, em meio aos aplausos.

O Movimento de Bairros, Vilas e Favelas, fundado em meio às lutas contra a carestia e o desemprego, reafirma sua posição como expressão viva da classe trabalhadora urbana, organizada nos territórios mais esquecidos pelo Estado.

Neste 7 de setembro, o povo mostrou que a verdadeira independência ainda está por vir, e que será conquistada nas ruas, nas comunidades e nas lutas coletivas.

“O povo unido e organizado é invencível!”

 Essa é a bandeira que tremula em cada ocupação, em cada protesto, em cada gesto solidário do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas.

 E enquanto houver injustiça, o MLB seguirá em pé, combativo e consciente, lutando por um Brasil verdadeiramente do povo.

 

 

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