Após mais de três anos de cárcere, o jovem revolucionário equatoriano Marcelo Rivera foi libertado. Ex-presidente da Federação dos Estudantes Universitários do Equador (Feue), Rivera foi preso injustamente quando da realização de uma manifestação na Universidade de Quito, sob acusação de terrorismo, tornando-se o primeiro preso político do governo do presidente Rafael Correa.
Ao longo do julgamento do processo, ficou clara a sua inocência, a ponto de o reitor da Universidade, vítima de uma agressão na ocasião, afirmar que não partiu de Marcelo nenhum ato contra sua integridade física. Mas mesmo sem provas, Rivera foi condenado.
O processo de Rivera foi o primeiro de uma série de ações do Governo, que obrigou vários lutadores populares do Equador a passar para a clandestinidade, culminando com a prisão, no início do ano passado, dos “10 de Luluncoto”, quando dez militantes populares, entre jovens, mulheres, trabalhadores e sindicalistas, foram presos no bairro de Luluncoto, também sob acusação de terrorismo, quando preparavam uma marcha em defesa da água na Capital do País.
Durante todo seu período de detenção, Rivera recebeu uma ampla solidariedade internacional contra a arbitrária prisão. A União da Juventude Rebelião (UJR) organizou no Brasil uma campanha em boletins, denúncias públicas em diversos fóruns do movimento social, em Câmaras Municipais, etc., exigindo do Governo equatoriano resposta frente a essa prisão.
Firmeza revolucionária
Ao longo de todo esse período, Marcelo Rivera deixou clara a sua convicção na luta e a certeza da vitória dos explorados e oprimidos. Sem deixar se abater, manteve a firmeza revolucionária e nenhuma palavra de desânimo foi pronunciada durante sua passagem pela prisão.
“Me chamou atenção seu profundo espírito de combatividade e sentimento de solidariedade. Marcelo estava apoiando a alfabetização de presos e pensando o que fazer ao sair da prisão para contribuir com a luta para pôr fim às injustiças do capitalismo. Foi uma visita em que saí revigorado da necessidade de construirmos uma nova sociedade, e ela virá com força a de mulheres e homens como Marcelo Rivera”, declarou Gregório Gould, membro da UJR que visitou Rivera na prisão de Sucumbios, no ano de 2011.
Saudamos a libertação de Marcelo Rivera como uma vitória das forças democráticas e progressistas do Equador e da América Latina. Temos a certeza de que a presença de Rivera nas lutas sociais do Equador se darão no fortalecimento das reivindicações populares, colocando todas as suas energias na luta pela transformação social e na construção de uma pátria nova e do socialismo.
Da Redação