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sábado, 20 de abril de 2024

Governador de Brasília veta praça de ser batizada com nome de Marielle Franco

O Governador Ibaneis Rocha (MDB) vetou projeto que homenageia a Vereadora do PSOL no Rio de Janeiro assassinada em 2018. Sua razão é política, apesar do linguajar técnico.

Guilherme Amorim


Foto: Fernando Frazão/ABR

BRASÍLIA – Em várias cidades do Brasil e pelo mundo, monumentos, praças, ruas e avenidas foram batizadas com o nome de Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL,  assassinada em 14 de março de 2018 junto com o motorista Anderson Gomes. Isso se deve pelo fato de Marielle representar um símbolo na luta contra as milícias do estado do Rio de Janeiro além de representar risco a políticos e empresários poderosos.

Uma proposta de lei aprovada no ano passado previa batizar uma praça na região central da cidade com o nome de Praça Marielle Franco. Mas o então governador Ibaneis Rocha (MDB) vetou o projeto com o seguinte argumento: “não há relação entre o nome da vereadora e o Distrito Federal”. Este argumento não possuí nenhuma solidez, pois em Brasília existe uma praça que recebeu o nome do cantor Leonardo, falecido em 1998, e seguindo a lógico de Ibaneis, qual contribuição o cantor deixou para a capital do país? Nenhuma, nem  do ponto de vista social,  tão menos educacional ou mesmo denunciando a corrupção do país.

O veto do governador Ibaneis vem de encontro ao momento político do pais, onde o acirramento da luta de classes se amplia cada dia mais, o discurso de ódio é propagado pelo presidente, governadores dão carta branca para policiais matarem na certeza da impunidade, os crimes de feminicídio se intensificam e assombram mulheres em todo o país.

Diante disso, ao negar uma homenagem de batismo de praça, o governador renega e quer apagar o que Marielle passou a representar e ignora o que a sociedade clama, como ficou provado nas manifestações pelo mundo, somando milhares de pessoas. Dessa forma Ibaneis se iguala à política de Bolsonaro na perspectiva de inferiorizar e discriminar os lutadores do povo. Aplicando uma política que, em muitos momentos flerta com o fascismo.

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