Marx e Engels, no Manifesto do Partido Comunista, já diziam que a cultura no capitalismo, para a imensa maioria das pessoas, não passa de um adestramento que transforma os homens em máquinas. E é em períodos de crise que vemos mais claramente essa verdade sobre o capital.
Em Londres, a Universidade Metropolitana (conhecida como MET) quer acabar com 70% de seus cursos, começando pelos cursos de História, Filosofia, Letras, Belas Artes, Pedagogia e relacionados.
Para conter essa barbárie, aproximadamente 60 estudantes iniciaram uma ocupação, tomando o Centro de Graduação da universidade. Demonstrando o seu apoio aos ocupantes, mais de 100 estudantes e trabalhadores fizeram no dia seguinte uma manifestação do lado de fora do centro ocupado.
“Eu amo meu curso”, disse a estudante de belas artes Roxy Bugler. “Cortar os cursos significa que os estudantes não terão chances de se educar. A universidade terá apenas cursos de negócios (administração de empresas) e contabilidade”. Eles querem cortar tudo, e isso nos leva a questionar a forma como as coisas são organizadas. Isso corta o meu coração”.
Estão também sob ameaça, além da maioria dos cursos de humanidades, os cursos de Estudos Sindicais e Estudos Caribenhos. “Isso é um ataque às artes”, disse o manifestante Alex. “Eles querem manter as artes nas mãos das elites”. Ele cantou uma canção com o refrão “temos que salvar nossos trabalhos e nossa educação”.
Os estudantes estão exigindo que a universidade retire os cortes de todos os cursos, que os ocupantes tenham uma reunião com o vice-reitor Malcolm Gillies e que os estudantes não sejam transferidos para fora da universidade.
Também estão exigindo a não criminalização dos ocupantes e acesso livre para entrar e sair da ocupação, pois a universidade não tem permitido que mais estudantes se juntem à manifestação ou levem alimentos.
Os estudantes criaram até um blog com atualizações sobre a ocupação:http://wearelondonmet.wordpress.com/
(Com informações de Socialist Worker Online)