Após de 66 dias de greve e 32 dias acampados em frente à Secretaria Estadual de Educação por melhores condições salariais e respeito profissional, os professores da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro decidiram suspender a greve. Após a greve, algumas conquistas importantes foram arrancadas do governo: descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos, com garantia de 8% entre os níveis e iniciando com o valor do salário mínimo (R$ 545,00); reajuste de 5% para professores a partir de setembro; antecipação da parcela de 2012 do Nova Escola para julho de 2011; antecipação das parcelas restantes do Nova Escola para 2012 e 2013 acrescidas do reajuste de 5%; reajuste de 14,66% para os Animadores Culturais (equivalente ao reajuste somado com a incorporação); pagamento dos enquadramentos por formação atrasados, incluindo os professores de 40 horas; equiparação do valor da GLP ao vencimento básico do nível 3 do plano de carreira; 1/3 da carga horária de todos os professores destinada para Planejamento a partir de 2012; reajuste no Adicional de Qualificação (Mestrado e Doutorado); adicional de difícil acesso e abono de todos os dias paralisados.
Os trabalhadores da Rede Estadual que recebiam menos que um salário mínimo conquistaram um reajuste significativo após a incorporação integral da gratificação Nova Escola além dos 5% acordados para os profissionais da educação. Um funcionário de nível superior que recebia R$ 543,27, passará a receber R$ 1.089,46.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) e o Secretário de Educação tentaram de todas as formas diminuir a importância do movimento grevista recusando as várias tentativas de diálogo com o Sindicato dos Profissionais de Educação (SEPE) e ameaçando os grevistas de demissão e não pagamento dos salários. Durante os 66 dias de greve, a batalha com o Governo foi muito dura, mas terminou com vitória.
Gabriela Gonçalves Cardoso, Rio de Janeiro