Mais de 700 manifestantes foram presos sábado nos Estados Unidos, durante um protesto que bloqueou a ponte do Brooklyn, em Nova York, na 15ª jornada promovida pelo movimento Ocupar Wall Street, que mantém uma “acampada” no Zucotti Park, no centro de Manhattan.
A ponte liga a baixa de Manhattan ao bairro do Brooklyn, cruzando o East River.
A polícia alegou que não prendeu ninguém que se manteve no passeio, mas que os manifestantes foram para a estrada e assim bloquearam a ponte, o que é proibido. Mas os jovens dizem que foi a própria polícia que os conduziu e escoltou para a travessia rodoviária da ponte. Acusam, assim, a polícia de Nova York de os ter conduzido a uma armadilha.
Os manifestantes levavam à frente um cartaz onde se podia ler “We the People” (Nós, o Povo), as primeiras palavras do preâmbulo da Constituição dos EUA. Quando começaram as prisões, os manifestantes reagiram gritando “O mundo inteiro está a ver”, em alusão ao live streaming pela Internet que estava a decorrer no momento.
Em seguida, sentaram-se no chão e gritaram “Let them go!” diante de todos os jovens, alguns visivelmente menores, que estavam a se detidos. O protesto foi totalmente pacífico.
Segundo testemunhos citados pelo The New York Times, os detidos foram levados em dez autocarros e libertados em seguida. Há denúncias que alguns deles foram agredidos. Todos foram algemados. Cerca de 3 mil pessoas terão participado na manifestação.
As manifestações estão cada vez a ganhar mais peso, e os “indignados” norte-americanos, que denunciam a injecção de dinheiro público para salvar os bancos e a corrupção do sistema financeiro, recebem a cada dia apoio público de intelectuais como Noam Chomsky, o documentarista Michael Moore ou a actriz Susan Sarandon. Houve manifestações também em Washington, São Francisco e Chicago.
Já há uma nova acampada, desta vez em Boston, no Parque Dewey.
Fonte: Esquerda.net
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