UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Bancários derrotam intransigência de banqueiros

Outros Artigos

No dia 27 de setembro, os bancários, sob a direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), decretaram greve após rejeitar a proposta de 8% de reajuste apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – entidade patronal. A categoria exigia 12,8%, piso de R$ 2.297,51, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança nos bancos etc.

Apesar do exorbitante lucro de R$ 25,9 bilhões dos banqueiros, só no primeiro semestre deste ano, o que é oferecido aos trabalhadores é precarização e assédio moral. Esses trabalhadores sofrem com metas abusivas que causam doenças físicas e mentais. Como se não bastasse, os banqueiros introduziram uma alta rotatividade dos funcionários, o que diminui em 38,39% os salários dos bancários, segundo o Dieese. Além disso, essa prática vai de encontro à Convenção 158 da OIT, que defende a estabilidade no emprego.

A greve durou 18 dias e várias conquistas foram obtidas: reajuste de 9% (1,5% de aumento real) e valorização do piso em 12%; a parte fixa da regra básica da PLR subiu 27,18%. Outra conquista importante foi o pagamento de todos os dias parados, o que frustrou os banqueiros, que tentaram colocar a greve na ilegalidade.

 “Foi a força da nossa greve que garantiu uma boa proposta de acordo com os bancos. Os bancários e bancárias estão de parabéns pela disposição de luta. Construímos a maior greve dos últimos 20 anos e conquistamos as nossas principais reivindicações. Garantimos aumento real de salário pelo oitavo ano consecutivo, valorização da PLR e do piso e avanços nas cláusulas de segurança e saúde”, afirmou  Jaqueline Mello, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, na assembleia que aprovou o fim da greve.

Desde o início da greve, o Movimento Luta de Classes (MLC) esteve presente ao lado dos trabalhadores realizando brigadas de A Verdade e defendendo os direitos dos trabalhadores e a importância da união da categoria.

Ivson Nunes, Recife

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes