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terça-feira, 16 de julho de 2024

Luta dos professores continua no Ceará

Após 64 dias em greve pelo cumprimento da lei que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), os professores da rede estadual de ensino do Estado do Ceará decidiram encerrar o movimento. A votação foi bastante confusa, pois, realizada por contraste visual, não ficou muito clara a diferença de votos entre os que votaram pelo fim da greve e os que votaram por sua continuidade. O fato é que o comando de greve considerou que a maioria votou pelo fim da greve. Por outro lado, depois de meses de negociação, o governo estadual nada fez de concreto para garantir a Lei do Piso. Na verdade, a mensagem apresentada pelo governador Cid Gomes à Assembleia Legislativa foi mais um ataque à carreira dos professores e professoras, pois, graduados, mestres e doutores não foram contemplados.

Por isso, os professores decidiram ocupar a Assembleia para pressionar pela retirada da mensagem e por um espaço democrático de debate. No entanto, fomos recebidos pelo Batalhão de Choque da PM, que foi acionado para impedir nossa entrada no plenário. Apesar de toda a violência e covardia da polícia, os professores resistiram na defesa dos seus direitos.

A alegação do governo é que não tem dinheiro suficiente para atender ao piso aprovado pelo Congresso Nacional, mas não se lembra de que gasta milhões com obras faraônicas que em nada vão melhorar a vida do povo. Não será com as obras da Copa ou com a construção de um aquário milionário e de um novo Centro de Convenções que os problemas do povo serão resolvidos. Na verdade, esse governo não pode fazer nada para beneficiar a vida da classe trabalhadora porque está somente interessado em realizar negociatas e promover a corrupção no Estado.

Por isso, só temos um caminho: fortalecer a nossa luta até conquistar o Piso e nossas reivindicações; o governo já demonstrou que não respeita os professores e que não merece a confiança da categoria. Temos que nos preparar para o retorno da nossa greve caso esse desrespeito continue.

Waldiane Sampaio e Paula Virgínia, Fortaleza

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