Em um clima de muita combatividade e rebeldia cerca de 180 trabalhadores, jovens, adultos, crianças, mulheres, realizaram um ATO POLÍTICO-CULTURAL no Auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (FACED/UFC). O evento contou com diversas representações da sociedade civil, em especial o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB); a Central dos Movimentos Populares (CMP); o Movimento de Luta Índigena, o Movimento Luta de Classes, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Ceará; a Associação de Professores do Ceará (APEC), o Sindicato dos Petroleiros CE/PI, entre outros.
A mesa foi presidida pelo coordenador do Jornal ‘A Verdade’ no Ceará, Francisco Correia (Bita), que, de imediato abriu o evento com a Internacional Comunista, hino dos trabalhadores de todo o mundo. Logo após, uma apresentação do estudante Alisson Silva, do Instituto Federal do Ceará, abordou na forma de ‘teatro mudo’ a necessidade de abrir os arquivos da ditadura fascista.
Em seguida foi composta a mesa de debate na qual foram chamados o advogado Márcio Aguiar, representando a Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (RENAP), a Defensora Pública do Estado do Ceará Amélia Rocha, o diretor da Associação Anistia 64/68 (jurídico e memória) Mário Albuquerque, o presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa de Pernambuco, Edival Nunes Cajá, membro também do Partido Comunista Revolucionário (PCR), e o Membro da Comissão de Direito Sindical OAB/CE Clovis Renato Costa Farias.
Todas as intervenções reafirmaram a necessidade de transformar a atual Comissão da Verdade num instrumento de luta pela justiça, não apenas da memória e verdade. Foi também ressaltado o fato do nosso país ter sido condenado na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA em relação aos mortos da Guerrilha do Araguaia e até hoje a maioria dos mortos não terem sido encontrados. Para Cajá, nossa luta é muito importante: “Nós já fomos julgados e condenados nos tribunais deles, militares fascistas. O que nós queremos não é vingança. O que queremos é que os criminosos sejam julgados na forma da lei desse país e dos tratados internacionais. Não queremos colocar os generais no pau-de-arara, nem dar choques elétricos em todo o corpo. Mas, que paguem pelos crimes que cometeram. Eles sequestraram, torturaram, assassinaram e ainda ocultaram os cadáveres desses jovens revolucionários. São vários crimes. Que sejam julgados”.
Várias intervenções do plenário reforçaram essa luta. Em todas ficou claro ainda a necessidade do nosso povo conhecer sua história e dar um passo em frente à sua luta por democracia verdadeira. Ao final, foram chamados nomes de alguns companheiros assassinatos, em especial alguns ceareses, que honraram com seu sangue o dever de lutar por um país melhor.
Bergson Gurjão Farias- PRESENTE
David Capistrano – PRESENTE
José Montenegro de Lima – PRESENTE
Jana Barroso – PRESENTE
AGORA E SEMPRE!!
Francisco Correa e Serley Leal, Fortaleza