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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Prefeitura e empresários aumentam passagem em Belo Horizonte

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No penúltimo dia do ano passado, a população de Belo Horizonte foi surpreendida por mais um aumento abusivo das passagens no transporte coletivo na Capital e Região Metropolitana. O reajuste pegou toda a população de surpresa, pois neste período ocorrem as festividades de fim de ano. O preço das passagens subiu de R$ 2,45 para R$ 2,65.

Em decorrência disso, a Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (Ames) convocou diversas entidades do movimento social e sindical e organizou manifestação, no dia 19 de janeiro, nas ruas centrais de Belo Horizonte para protestar contra o aumento abusivo das passagens, em defesa do meio-passe para todos os estudantes e pela estatização e melhoria na qualidade do transporte coletivo.

O ato reuniu mais de duzentas pessoas, a maioria de estudantes, que se concentraram na Praça Sete, denunciando a política do prefeito Márcio Lacerda (PSB). Foram realizados trancaços na Avenida Afonso Pena e a Rua da Bahia, em frente ao prédio da PBH (Prefeitura), depois os manifestantes retornaram à Praça Sete e fecharam as avenidas Afonso Pena e Amazonas.

Mais uma vez, estudantes unidos aos trabalhadores mostraram sua força e realizaram um grande protesto. Segundo Lincoln Emanuel, diretor da Ames, “essa foi a primeira manifestação de muitas que serão realizadas em 2012 para combater esse aumento e garantir a ampliação do direito do meio-passe estudantil para todos os estudantes”.

Em Belo Horizonte, cerca de cinco famílias controlam todas as empresas de transporte da cidade e chegam a lucrar mais de cinco milhões por dia por um serviço de péssima qualidade, com ônibus desconfortáveis, lotados e atrasos constantes.

Tudo isso só demonstra que não existe nenhum compromisso das empresas de ônibus em prestar um serviço de qualidade para os usuários. O único objetivo é o lucro!

Nesses momentos, também fica claro que vereadores e Prefeitura são os maiores cúmplices da máfia dos transportes na cidade, sendo que muitos são financiados por esses mesmos empresários. Essa combinação de políticos corruptos e empresários é também responsável pela não expansão do sistema de Metrô, impedindo a implantação de alternativas para desafogar o caos do transporte em BH.

Gladson Reis, Presidente da AMES-BH

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