Após dez dias de paralisação, a categoria dos vigilantes de Minas Gerais encerrou sua greve com um acordo na justiça. Reivindicando inicialmente aumento de 16,8% no salário e adicional de risco de morte de 30%, a categoria conseguiu um reajuste de 8% e o adicional pelo risco de morte subiu de 6% para 9%.
A greve dos vigilantes, que coincidiu com a greve dos rodoviários na cidade de Belo Horizonte, se espalhou por várias cidades do estado. Os trabalhadores se fizeram presentes principalmente nas ruas da capital mineira e com muita disposição, fazendo várias passeatas, interrompendo o trânsito, agitando e ganhando o apoio da população. Os trabalhadores passavam em frente aos bancos e incentivavam seus colegas ainda em serviço a se integrarem ao movimento. O resultado foi mais de 40 agências bancárias totalmente paralisadas só na capital, além da interrupção das atividades do Fórum da cidade.
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A greve chegou ao fim em reunião entre os sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). No encontro, que durou cerca de seis horas, ficaram acertados, além do reajuste de 8% no salário, o aumento do vale-alimentação, que foi para R$ 8,33, e o acréscimo de 9% no salário pelo risco de morte. O piso anterior da categoria era de R$1.026,86, tendo subido agora para R$1.109,00. O novo valor da cesta básica foi para R$78,20.
Romualdo Ribeiro, presidente do Sindicato dos Vigilantes, afirmou que o resultado não foi o que a categoria queria no início da greve, mas que se não tivessem paralisado, “o valor nunca seria esse”.
Redação MG