Elis Regina Carvalho Costa foi uma das mais brilhantes cantoras brasileiras dos anos 60, 70 e início dos 80 e, devido a suas fortes e marcantes interpretações. Gravou O Bêbado e a Equilibrista (de João Bosco e Aldir Blanc), canção que se tornou o hino da anistia no fim da década de 1970.
No ano de 1978, em sua turnê Transversal do Tempo, na qual os shows tinham um viés político e de crítica social, Elis participou de uma missa celebrada por Dom Hélder Câmara (na época arcebispo católico de Olinda e Recife), em favor da libertação do estudante Edival Nunes da Silva (Cajá), e manifestou seu apoio a todos os atingidos pela ditadura militar no governo do general-presidente Ernesto Geisel.
Em 2012 completam-se 30 anos desde que Elis Regina se foi, e, pensando nisso, o Movimento de Mulheres Olga Benário, o Centro Cultural Manoel Lisboa de Moura e o Sindicato das Secretárias do Estado de Pernambuco organizaram uma homenagem intitulada Elis Vive, Viva Elis, que aconteceu no dia 20 de março (mês do aniversário da cantora) no Salão Nobre do Teatro Santa Isabel. O evento contou com depoimentos de Edival Nunes Cajá (ex-preso político), Carminha Pereira (radialista e amiga de Elis), Guita Kozmhinsky (do Movimento de Mulheres Olga Benário) e do padre Reginaldo Veloso (do Movimento de Trabalhadores Cristãos). Contou também com a participação de músicos como Cláudio Almeida (violonista), Beth Coelho (cantora), Diógenes Batista (flautista) e Arthur Johnson (professor de violino do Conservatório Pernambucano de Música).
Foi uma noite emocionante, durante a qual, pelos depoimentos e relatos dos convidados, o público presente pôde conhecer um pouco mais sobre Elis, saber de algumas curiosidades e matar as saudades daquela que foi considerada uma das melhores cantoras do Brasil.
Geysa Karla, diretora-adjunta do Sinsepe