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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Servidores da Saúde em São Paulo iniciam greve

Servidores da Saúde em São Paulo iniciam greveOs servidores da saúde do estado de São Paulo decretaram hoje (13) greve por tempo indeterminado. A assembleia da categoria contou com a participação de mais de três mil trabalhadores de todas as regiões do estado, aprovando os seguintes itens de pauta:

1. Aumento real de 26%;
2. Aumento do auxílio alimentação de R$4,00 para R$25,00;
3. Aposentadoria especial;
4.Regulamentação da jornada de 30 horas semanais e revisão da lei complementar 1080/08.

Após a aprovação da greve os trabalhadores seguiram em passeata pelas ruas do centro da capital paulista, denunciando o governo e puxando palavras de ordem como “trabalhador na rua, Geraldo a culpa é sua” e “greve já, para o salário aumentar”. O ato se encerrou nas escadarias da Praça da Sé.

A greve é resultado de anos de insatisfação com os baixos salários e as péssimas condições de vida e de trabalho às quais estão submetidos estes servidores. Os auxiliares de enfermagem, por exemplo, ganham hoje um salário base de R$ 301,20 (menos da metade de um salário mínimo) e mais R$580,00 de gratificações, totalizando R$881,20. Com um salário como este a maioria dos trabalhadores necessita fazer até dez plantões de 24hs por mês para conseguir sobreviver e manter sua família.

Servidores da Saúde em São Paulo iniciam greve hoje

Uma outra consequência dos baixos salários é que um grande número de profissionais aprovados em concursos pede demissão antes de completar um ano de serviço. De janeiro a setembro de 2011 cerca de 170 trabalhadores pediram demissão em um único hospital, o IAMSPE (Instituto de Assistência Médica dos Servidores Públicos do Estado). Já no Hospital das Clinicas, um dos mais importantes do estado, o déficit de profissionais chega a quatro mil. Essa situação, por sua vez, aumenta ainda mais a jornada de trabalho nestes hospitais e reduz a qualidade dos serviços oferecidos à população.

As semanas que antecederam a decretação da greve geral da categoria foram de intensa mobilização, contando com a realização de passeatas, assembleias locais e uma greve de 48hs que demonstrou a disposição da categoria de ir à luta pelos seus direitos e de enfrentar o truculento governador do PSDB, Geraldo Alckmin, que se nega a receber os trabalhadores e atender às suas justas reivindicações.

A greve tem sido organizada pelo sindicato estadual da categoria, o Sindsaúde-SP, em conjunto com as associações de cada hospital, organizações que vem desempenhando um importante papel na mobilização da greve. Também o Movimento Luta de Classes (MLC-SP) tem participado ativamente desta luta, buscando fortalecer a unidade dos trabalhadores, acreditando que somente com muita união e com uma firme postura frente aos ataques do governo serão alcançadas vitórias.

Redação SP

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1 COMENTÁRIO

  1. eu sou a favor da luta dos direitos mas porem, os pacientes ñ tem culpa,não deve pagar por falta de médicos,  principalmente por consultas ja marcadas  a luta é direito de todos principalmente por viver  e comer melhor.

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