O Movimento de Mulheres Olga Benario promoveu, no dia 11 de abril, o lançamento da Conferência de Mulheres das Américas no Rio Grande do Norte. O evento foi realizado no auditório da Fundação José Augusto, em Natal, e contou com a participação de aproximadamente cem pessoas, em sua grande maioria, mulheres.
Após a abertura, formou-se a mesa de debate: “A luta das mulheres é internacional!”, da qual participaram Luciana Gomes, coordenadora nacional do Movimento; Dione Caldas, diretora do Teatro Alberto Maranhão, representando o Governo do Estado; Jôse Lucas, secretária Municipal de Mulheres; representante da Secretaria Estadual de Mulheres e da deputada Márcia Maia.
Todas as debatedoras saudaram e parabenizaram o movimento pela iniciativa e destacaram a importância da Conferência para o movimento de mulheres em nível nacional e internacional. Expuseram também sobre a necessidade de avançar na organização e na luta das mulheres. Foram discutidas as questões específicas do Rio Grande do Norte, como a necessidade do aumento no número de creches, a urgência da construção de casas, o direito à formação acadêmica para as mulheres, a quantidade crescente de casos de violência contra a mulher, etc. Foi levantada ainda a discussão do trabalho nas penitenciárias femininas, onde grande parte das mulheres está presa por reagir às agressões de seus parceiros.
Demonstrando uma grande determinação em levar uma representativa delegação para a Conferência das Américas, em São Paulo, e de desenvolver as lutas das mulheres no RN, todas as presentes aprovaram como bandeiras de lutas: salas para crianças nas escolas de Educação de Jovens e Adultos, para que as mães se concentrem em sua formação; campanha de combate a qualquer tipo de violência à mulher (física, psicológica, moral ou sexual); direito à moradia digna; ampliação de vagas nas creches e ampliação do número de Delegacias da Mulher. As instituições presentes se colocaram à disposição para ajudar a delegação potiguar.
O debate foi encerrado homenageando as mulheres que defenderam, com sua própria vida, os direitos femininos e de toda classe trabalhadora: “Margarida, Olga, Dandara e Zeferina, suas vidas são exemplos da luta feminina!”
Samara Martins e Luciana Gomes, Natal