As famílias da ocupação Sá Pereira visitaram nesta semana a FUNPAPA (Fundação João Paulo XXVIII) para cobrar explicações da fundação quanto ao ofício encaminhado pelo MLB, socilitando 100 cestas básicas, para atender as famílias que participaram da ocupação há um mês atrás no prédio abandonado do INSS localizado na Avenida Presidente Vargas.
Esta solicitação de cestas básicas havia sido feita junto a Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) no último dia 07 de maio, na ocasião em que a comissão do MLB foi recebida pelo Secretário Osvaldo Gonzaga que, além do compromisso de incluir as famílias em um projeto de habitação popular até o final do mês de junho, garantiu ao movimento a entrega das cestas básicas.
Durante todo o mês de maio as famílias da ocupação Sá Pereira permaneceram organizadas e acompanhando esta solicitação que foi encaminhada pela SEHAB a FUNPAPA para atender ao pedido do movimento.
Sem resultado concreto desta solicitação, cerca de 70 pessoas estiveram presentes na FUNPAPA na manhã de hoje para cobrar resposta da fundação. Após entrada no prédio, uma comissão dos presentes foi recebida por uma equipe da fundação que se comprometeu a realizar uma reunião com as famílias e fazer o cadastramento delas para verificar as necessidades de cada uma.
Em assembléia realizada na frente da FUNPAPA, após saída da comissão, as famílias decidiram aguardar a confirmação da data desta reunião até o final da tarde de hoje e continuar a mobilização para a garantia da entrega das cestas básicas, assim como a garantia do compromisso assumido pela SEHAB no dia 7 de maio em relação ao projeto habitacional.
Para Fernanda Lopes, coordenadora estadual do MLB, a mobilização irá continuar pois na conversa com a equipe da FUNPAPA ficou claro que não houve por parte da SEHAB uma atenção especial as famílias da ocupação Sá Pereira, visto que a equipe da fundação afirmou ter recebido da SEHAB a orientação de estudar a “possibilidade” de atender o movimento e não a orientação de atendê-lo concretamente. “É preciso sensibilidade por parte da SEHAB como representante da Prefeitura de Belém neste pedido, já que as famílias da nossa ocupação encontram-se em situação de extrema necessidade. Se não tivéssemos sido retirados a força pela guarda municipal do prédio do INSS pelo menos a nossa alimentação estaria garantida, pois não estaríamos preocupados com o pagamento do aluguel. Novamente o dilema de quem paga aluguel: ficar devendo para alimentar nossa família ou ficar com fome para nos alimentar”, afirmou Fernanda em assembléia na frente da FUNPAPA.
Redação Pará