UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

A importância da contribuição individual para a Revolução

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A primeira tarefa dos comunistas é construir um Partido baseado em organizações fortes e centralizadas com amplo apoio das massas trabalhadoras. Aliás, é exatamente na relação do Partido com as massas que reside a segurança e a certeza do sucesso da Revolução Socialista.

Mas, para ter organizações fortes, é preciso resolver também a questão material, isto é, a contribuição financeira dos membros e apoiadores do Partido. A colaboração do convencimento dos trabalhadores, jovens e demais pessoas que ingressam no Partido e é, muitas vezes, fruto de uma permanente luta política, na medida em que vivemos numa sociedade dilacerada pelas contradições entre as classes sociais.

Não se pode, portanto, afirmar: “Ele não paga por que é descomprometido! É IRRESPONSÁVEL!”. Não. A luta política deve se desenvolver para que todo militante ou apoiador perceba a necessidade da construção partidária.  Em outras palavras, o dever dos militantes e dirigentes é manter um regular aporte financeiro, que cresce, obviamente, quando cresce nosso trabalho entre as massas. Lembremos que o Partido, segundo Lênin, deve ser fundamentalmente uma organização de profissionais, e, para isso, deve ter membros dedicados exclusivamente às tarefas partidárias. É responsabilidade da direção também ampliar a consciência dos apoiadores e militantes, os quais seguirão o caminho revolucionário se tiverem exemplos de abnegação, luta e combatividade, e dedicarão suas vidas à causa do comunismo.

É importante salientar que, desde o início, todo militante deve perceber a necessidade da quotização. São vários os casos de companheiros que ingressam no Partido Comunista sem ter consciência da construção material. Exatamente por isso, os recrutamentos não devem ser superficiais. Não se trata de adiar ou protelar os recrutamentos. Não. Trata-se de realizar um debate franco sobre a Revolução e sua necessidade e sobre o papel de cada um.

Devemos dar a dimensão dessa tarefa, ler e estudar o caráter leninista do Partido, apontar os exemplos que confirmam a nossa linha política e convencer a cada um de que, sem uma organização política dos trabalhadores, é impossível se transformar a sociedade. A quotização está assim ligada a uma necessidade clara: CONSTRUIR O PARTIDO.

Por outro lado, em virtude das dimensões nacionais, torna-se também imprescindível levantar o aspecto unificado da nossa luta. Sem uma arrecadação regular e maciça, como criaremos uma organização forte e nacional? Como poderemos realizar reuniões, congressos e transferir companheiros para um determinado estado? Em resumo, a luta política em relação à construção material é uma luta ideológica contra o individualismo pequeno-burguês, que submete os partidos aos interesses das classes sociais dominantes e impede o avanço da luta revolucionária.

É função, principalmente dos assistentes e secretários de finanças, promover a discussão acerca da regularidade das quotas. Sabe-se que no Partido ingressam, sobretudo, companheiros oriundos das camadas mais pobres da população; que os trabalhadores são superexplorados e possuem uma vida de privações; que, mais cedo ou mais tarde, haverá na família uma demissão, tragédia familiar, etc. Porém, como modificar essa realidade sem uma Revolução? Como realizar uma Revolução sem o Partido Revolucionário?

É necessário que os membros do Partido sempre se sensibilizem com a miserável situação do povo. No entanto, não se pode com isso justificar a falta da colaboração regular. A obra revolucionária será realizada pelos próprios trabalhadores, e, portanto, a decisão de construir esta tarefa passa pela união de operários, camponeses e trabalhadores em geral, de jovens e intelectuais revolucionários, entre outros, que sintam a necessidade de um novo mundo. A contribuição carrega consigo uma ideia, um sentimento, e, acima de tudo, a decisão de destruir a velha sociedade capitalista e construir uma nova, a sociedade socialista.

Serley Leal, militante do Partido Comunista Revolucionário

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