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sábado, 5 de outubro de 2024

A primeira poligrafia de autores piauienses

A obra Dicionário de Sabedoria dos Piauienses representou um marco dentro da literatura do Piauí, pois colocou sob uma nova ótica a maneira de ser vista a primeira poligrafia de autores piauienses. As palavras, por si só, possuem uma grande capacidade de transformação quando colocadas de maneira sincronizadas dentro de concepções inovadoras e, neste caso, estas mesmas (as ideias) foram aplicadas brilhantemente na obra acima citada.

Cada página folheada vai revelando, paulatinamente, axiomas inspirados e suas várias nuances que perpassam o limite dos padrões estabelecidos pelos pensadores. As ideias expressas em livros desse gênero, que são os fragmentos dessa obra, têm vida própria, e a sapiência tende a andar de “mãos dadas” com a criatividade.

Durante o meu “passeio cultural” por este livro-rico, tanto na forma como em conteúdo, verifiquei que constavam no Dicionário de Sabedoria dos Piauienses diversos autores contribuindo para o engrandecimento dessa obra, com suas frases cheias de verdade, dentre os quais se destacam: Mário Faustino dos Santos e Silva; Maria Elizabeth Rego Oliveira; Eliane Madeira Moura Fé Dantas; Claudete Maria Miranda Dias; José Camilo da Silveira Filho e Cineas das Chagas Santos, entre outros.

O primeiro, dos que foram mencionados acima, nasceu em Teresina a 22 de outubro de 1930. Ele estreou em sua carreira literária publicando dois poemas em 1948, no jornal paraense Folha do Norte, intitulados Dois Motivos da Rosa e Poemas do Anjo. A linguagem poética encontrada é de estilo conciso, enxuto, e emprega poucos adjetivos. As principais figuras de linguagem utilizadas são a metáfora (alcançando tons sublimes), anáfora e antítese. A passagem transcrita abaixo, tirada de uma das poesias de Mário Faustino, ilustra tudo o que foi colocado sobre ele: “Amante: coração queimado”.

Logo em seguida, com muita dinamicidade e inteligência, surge a Maria Elizabeth, também, chamada de Beth Rego. Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de fevereiro de 1960. É poetisa e militar. Em 1996, com o livro Ofício da Palavra, obteve o primeiro lugar na categoria poesia no concurso literário da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Essa mulher, tão forte e corajosa, expressa toda a sua delicadeza e amor nessa seguinte menção: “A vida sem amor não tem sentido, é um passar de horas e dias, é um vazio”.

Em terceiro lugar encontra-se Eliane Madeira, natural de Simplício de Mendes, nascida a 16 de abril, em 1957. Publicou dois livros: Álbum de Fotografias e Por Dentro da Alma, em 2001. Em sua citação, escreve o seguinte: “A poesia é a essência da alma que alivia o coração”.

Claudete Maria Miranda nasceu em 11 de janeiro no ano de 1951. Ela tem vários trabalhos publicados nas seguintes revistas: Presença, Cadernos de Teresina e Espaço e Tempo. Fez curso de interpretação e técnica vocal. Em um trecho do seu aforismo, diz: “Todo povo tem história, é preciso difundi-la, pesquisá-la”.

O quinto pensador, chamado José Camilo da Silveira Filho, também conhecido como Camilão, é um político, escritor e professor universitário brasileiro que tem sua história marcada pelo Piauí. Ele é membro da Academia Brasileira de Letras. O seu apotegma diz o seguinte: “Pode-se dizer-se que tudo aquilo que existe no homem comunica algo ou muitas coisas”.

Cineas Santos nasceu em Campo Formoso, Município de Caracol, Sertão do Piauí. É poeta, cronista, intelectual, professor, advogado, agente cultural, editor e livreiro atuante no Brasil. Também autor da letra do Hino Oficial de Teresina, em parceria com o músico Erisvaldo Borges. Entre as várias máximas que ele já escreveu, existe uma salientando o medo: “O medo nos faz arredios, desconfiados, tristes, paranoicos”.

Enfim, todos os seis pensadores escolhidos por mim para representar os demais que ajudaram a tornar realidade esse livro tão importante são grandiosos, e conseguiram passar o que sentiam por meio dos seus ditos, multiplicadores de sabedoria. E, por último, o sétimo autor, que a ousadia e sagacidade o transformaram em sua obra, convertendo-a em realidade. O nome desse “mágico” com as palavras: José Antônio da Silva.

Maria de Lourdes Oliveira Cruz

Tem especialização em docência superior pela faculdade Centro de Ensino Unificado de Teresina (Ceut). Formada em espanhol (Uespi) e francês (UFPI).   

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2 COMENTÁRIOS

  1. Realmente é um bom texto, mas um especialista formado em dois cursos de nível superior deve por obrigação possuir um Currículo Lattes atualizado com suas informações acadêmicas. Não é correto usar o nome de Instituições de Ensino Superior sem uma fonte segura de pesquisa. Dizer que é formado todo mundo diz, quero ver na hora do Lattes.

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