No marco dos 95 anos da Revolução Russa, as Edições Manoel Lisboa lançarão o livro Breve História Ilustrada de Lênin. Em sua quinta edição, revisada e ampliada, Elio Bolsanello, autor do livro e colaborador do jornal A Verdade, espera alcançar principalmente o público jovem. Elio, 77 anos, que é advogado e acompanhou atentamente o processo de editoração desta nova edição do livro, afirma que “a revolução vale pena”.
A Verdade – Elio, o que o motivou a escrever uma biografia sobre o Lênin desta forma tão simples e didática? Para quem você escreveu?
Elio Bolsanello – Eu considero Lênin a mais importante personalidade do século XX. A Revolução Russa de 1917 é, sem dúvida, o acontecimento político mais importante do século passado e por meio dela Lênin fundou o primeiro país socialista do mundo, que proporcionou enormes avanços sociais para seu povo e para o planeta. Somente um grande estrategista poderia tê-la conduzido sem promover um grande derramamento de sangue.
Eu não encontrei biografia do Lênin escrita por brasileiros e achei necessário escrevê-la. Visitei Moscou e consegui material que não tinha no Brasil para poder fazer essa produção.
Escrevi este livro principalmente para a juventude, por isso é um livro simples, muito claro, para que todos possam entender. Eu também não queria um livro complexo, falando de Lênin já durante o processo revolucionário, porque queria mostrar por que Lênin fez a Revolução.
E mais, queria tirar o medo do que é uma Revolução. No início, Lênin queria fazer uma Revolução pacífica, mas isso não foi possível e teve que partir para armas… eu queria mostrar que fazer a Revolução não é optar pelo morticínio. Lênin queria melhorar o mundo, e melhorou.
Como você vê os avanços alcançados com a Revolução Russa?
A Rússia era um país que tinha 80% de analfabetos em 1917 e, quarenta anos depois, a URSS lançou o primeiro satélite artificial da Terra para o espaço, o Sputnik I. Isso para você ver o valor de uma Revolução Socialista. Ainda hoje, mesmo com a derrocada da URSS – com tudo que aconteceu na Rússia capitalista, que não tem nada a ver com a proposta de Lênin –, o que ainda sobra de avançado é resquício da Revolução. O povo, até hoje, é muito culto; se não fosse a revolução, o país estaria até hoje com analfabetos. No livro eu trato disso; meu objetivo é mostrar que a Revolução valeu e vale a pena.
Lênin é ainda um exemplo?
Sem dúvida, ele é uma personalidade que deveria ser mais seguida no mundo de hoje. Por isso aí está a quinta edição do livro, e acho que essa edição do Centro Cultural Manoel Lisboa vai ser a melhor, vai ser o livro mais benfeito.
Você, que é assíduo leitor e colaborador do jornal A Verdade, gostaria de deixar uma mensagem para nossos leitores?
Eu gostaria que, em cada Estado onde se encontra o jornal A Verdade, se multiplicassem as vendas por mil, porque eu gosto muito desse jornal. Aliás, ele tem um ótimo nome também. É um jornal fácil de ser lido, com ótimos artigos, com conteúdo aprofundado. Sou assinante do jornal com muito prazer.
Vivian Mendes, São Paulo