UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Sim, é possível mudar este mundo

Opositores levam faixas e tentam chegar a praca Tahrir, no centro do Cairo, em ato contra Mohammed MursiSob a hospitalidade africana, junto aos trabalhadores e ao povo da Tunísia, os Partidos e Organizações Marxista-Leninistas, membros da CIPOML, debateram a situação internacional, as políticas do imperialismo, da reação e dos patrões; o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e dos povos; bem como os problemas e as perspectivas da luta dos nossos partidos.

Constatamos a existência de uma profunda crise do sistema capitalista-imperialista, que se desenvolve de forma desigual em diferentes países, afetando especialmente, de forma negativa, a classe trabalhadora, a juventude e os povos.

Apesar das medidas neoliberais para “acabar com a crise”, conduzidas pelos monopólios e pelas classes dominantes, que procuram nos fazer crer que, por esta via, a superararemos definitivamente, a realidade é teimosa e os efeitos da crise persistem.

O imperialismo norte-americano intensifica as guerras de agressão, mantendo suas tropas imperialistas no Afeganistão e no Iraque. Continua o ataque feroz contra o povo líbio, as ameaças contra o Irã e outras nações, com o objetivo de apropriar-se de suas riquezas e ocupar posições estratégicas. Apoia abertamente a ocupação militar dos sionistas na Palestina. Os imperialistas da União Europeia, apesar de seus interesses específicos, agem essencialmente como aliados dos EUA em seu confronto com a Rússia e a China.

As pretensões do imperialismo estadunidense e da União Europeia para controlar a Síria ameaçam desembocar em uma agressão militar em nome da Otan. Nesse caso, pode atiçar as chamas de uma guerra regional, que poderia até mesmo se tornar uma nova conflagração geral.

Os marxista-leninistas rechaçam decisivamente a intervenção imperialista, levantam a defesa dos princípios da autodeterminação dos povos. Os problemas da Síria devem ser resolvidos pelos trabalhadores e povos do país.

Ao se aguçarem todas as contradições, inevitavelmente se chocam os interesses das potências imperialistas, umas para preservar suas zonas de influência, outras que procuram um lugar em uma nova divisão do mundo; as potências imperialistas ocidentais procuram manter o seu domínio intacto e áreas de controle, enquanto, por outro lado, as potências emergentes imperialistas buscam ocupar uma posição de maior liderança e controle territorial no mundo. Este confronto que vivem os países imperialistas entre si, progressivamente leva a choques, às vezes diplomáticos, violentos outros, mas sempre sob a forma de agressão e pilhagem dos países dependentes e de uma maior exploração da classe trabalhadora.

A China está se tornando um grande exportador de capitais para os países dependentes da Ásia, África e América Latina, em busca de matérias-primas e expansão dos seus mercados, transformando-se em um concorrente agressivo no mercado e nos investimentos nos próprios Estados Unidos e nos países imperialistas da Europa. A Rússia está reforçando sua economia, sua capacidade de recursos energéticos e poderio militar, assumindo um papel agressivo na redivisão do mundo. As posições da Rússia e da China se opondo, no Conselho de Segurança, à intervenção militar na Síria, nada têm a ver com a soberania nacional e os direitos do povo sírio, mas corresponde aos seus interesses de disputar a hegemonia com os países imperialistas ocidentais.

A classe trabalhadora e os povos se expressam em manifestações, paralisações e greves gerais, principalmente na Espanha, Grécia e Portugal, entre outros países; na defesa de seus direitos e em oposição às medidas do capital, que procura atirar o peso da crise sobre suas costas.

No Norte da África e no Oriente Médio continuam as revoltas dos povos contra a tirania, em defesa da liberdade e da democracia. Processos revolucionários abertos pelos trabalhadores e pelos povos no Egito – e, particularmente, na Tunísia – prosseguem colocando na ordem do dia a perspectiva de uma mudança do regime de opressão e sua libertação definitiva.

Na América Latina, a luta dos povos e dos trabalhadores, em oposição ao saque dos monopólios internacionais de mineração, em defesa da soberania nacional e do meio ambiente e da natureza, mobiliza milhões de pessoas.

Promover e fortalecer a Frente Popular

 Os combates dos trabalhadores, da juventude e dos povos contra os efeitos da crise, condenando a dominação capitalista imperialista, são expressos em diferentes níveis, em todos os países e regiões. Essas lutas asseguram a confiança da classe trabalhadora no caminho da luta, esclarecem a natureza do capital e da reação, desmascaram a postura da social-democracia e do oportunismo; e, ao mesmo tempo, deixam claras suas limitações e debilidades para deter a ofensiva do imperialismo e da reação, dos patrões e governos a seu serviço. Cabe aos revolucionários proletários dar uma resposta ideológica, política e organizativa. Assumimos nossa responsabilidade de nos envolver na organização e na luta da classe trabalhadora, da juventude e dos povos; de colocar a iniciativa e a coragem comunistas para dirigir consequentemente essas mobilizações e, sobretudo, apontar-lhes o verdadeiro curso da revolução e do socialismo.

O fortalecimento dos nossos partidos, a afirmação da sua ligação com as massas, a tarefa de colocar o nosso programa na rua, ao alcance das massas combativas, nos colocar na vanguarda das lutas, promover e fortalecer a Frente Popular, são as orientações gerais decorrentes desta Conferência. A contribuição de cada partido tem sido gratificante e demonstra como o marxismo-leninismo é cada vez mais forte no mundo e deposita em nossas mãos uma responsabilidade extraordinária, a que saberemos responder de forma decisiva.

O agravamento da crise geral do capitalismo, a agressão imperialista e o perigo de uma nova guerra geral, o desenvolvimento acelerado das forças produtivas gerado pela revolução técnico-científica, o desenvolvimento das lutas dos trabalhadores, da juventude e dos povos colocam novos desafios para os nossos partidos e organizações. Devemos buscar no próprio curso dos combates de classe novas formas de organização e luta.

A libertação dos trabalhadores e dos povos tem de ser obra deles mesmos e responsabilidade inalienável de nossos partidos e organizações.

Conferência Internacional de Partidos e organizações Marxista-Leninistas (CIPOML)

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