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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Não à intervenção militar francesa no Mali!

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Tropas francesas no MaliO governo francês decidiu intervir com suas tropas no Mali.

Depois da Costa do Marfim e Líbia, agora Mali. É uma decisão que põe a França em guerra contra uma de suas antigas colônias.

Desde que o norte do Mali se encontra em poder de grupos armados islamitas, esta foi a única opção adotada.

Desde o princípio, François Hollande vem se mobilizado junto à ONU por um sinal verde para uma intervenção militar, enquanto o Estado Maior e a diplomacia francesa organizavam as medidas concretas.

Personagens como Ouattara, empossado na Costa do Marfim por meio de uma intervenção militar em que a França desempenhou o papel principal, Campaoré, a frente da Burkina Fasso, que nunca deixou de servir aos interesses do imperialismo francês na região fosse qual fosse o governo empossado em Paris, e Yayi Bone, o autocrata beninês, servem de anteparo “africano” a essa intervenção militar. Quem pode acreditar que a Cedeao (Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental) está em condições de formar uma força independente do exército francês? Do contrário, o que está claro é que o efetivo militar francês a postos na África recentemente foi mobilizado para essa operação.

Utilizam para justificar essa intervenção militar francesa o pretexto de lutar contra os grupos armados islamitas que controlam uma parte do território malinês, ameaçam a integridade do Mali e impõem terror nas zonas que controlam. Entretanto, a presença e a facilidade com que se implantam as tropas francesas trazem à tona os profundos problemas sociais, econômicos e políticos, que os regimes que já passaram pelo poder no país foram não só incapazes de resolver, mas, muitas vezes, tornaram ainda piores. Uma intervenção militar, e pior, uma intervenção militar estrangeira, não resolverá nenhum desses problemas, pelo contrário, os agravará.

As forças malêsas denunciaram essa situação e rechaçaram desde o principio uma intervenção militar estrangeira; pronunciaram que a questão da integridade territorial de Mali é responsabilidade do exército malês. Eles não foram ouvidos.

A operação militar é complicada e necessitará de tempo e grandes investimentos. As vítimas são, antes de tudo, as populações civis presas entre o fogo cruzado.

A intensificação do plano “vigipirate” faz parte da estratégia de tensão e convencimento da população francesa de que ela pode ser alvo de atentados e de que os autores estão ligados de uma forma ou outra aos grupos islamitas que agem no Mali. A intenção do governo francês é criar um sentimento de unidade nacional, ao mesmo tempo em que implementa uma agressiva política de austeridade que golpeia as camadas populares.

Por trás dessa intervenção está o objetivo de controlar uma área rica em matérias primas estratégicas, notadamente o urânio, que é explorado pela Areva no país vizinho, a Nigéria, e também se encontra no solo malês.

Por todos esses motivos, por que as guerras na Costa do Marfim, no Afeganistão e na Líbia já demonstraram amplamente que a justificativa de lutar contra o terrorismo e pela defesa da democracia não é mais que uma grande mentira, manifestamos nosso total desacordo com a intervenção militar da França no Mali.

Reafirmamos a necessidade de acabar de vez com a política conhecida pelo termo “françafrique”, uma política de dominação econômica e ingerência política e militar.

Afirmamos que cabe ao povo malês, às suas forças democráticas e patrióticas, encontrar a via para uma solução política à crise que atravessa seu país.

Paris, 12 de Janeiro de 2012
Partido Comunista dos Trabalhadores da França (PCOF)

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2 COMENTÁRIOS

  1. Caros amigos brasileiros,

    Quem escreveu este artigo tem uma grande falta de conhecimento.

    Pelo contra’rio do que explica este pseudo jornalista a França na~o entrou em guerra contra a sua antiga colo’nia mas sim interveio para ajuda’-la !!!

    Quanto a’s forças malêsas recusando a presença militar francesa… ah ah ah !!!

    Primeiro, quase todos os quadros ja’ foram instruidos por conselheiros franceses e por outra parte, depois dos primeiros combates nos quais perderam muita gente mostram-se muito felizes de uma ajuda muito esperada !

    Cumprimentos

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