A Justiça norte-americana, conhecida por condenar inocentes como Sacco e Vanzetti e Mumia Abu Jamal, acaba de cometer mais uma injustiça punindo John C. Kiriakou a 30 meses de prisão por ter denunciado a prática de tortura pelo Exército dos EUA em Guantánamo. A condenação de Kiriakou se deu com base na Lei de Proteção das Identidades de Inteligência, que permite ao governo dos EUA prender e torturar quem é suspeito de terrorismo.
John C. Kiriakou trabalhou para a CIA durante 14 anos, mas não aceitou participar de sessões de torturas em pessoas que eram apenas suspeitas de terrorismo e resolveu denunciar esse crime a um repórter. Recentemente, o site WikiLeaks tornou público mais de 700 documentos confidenciais do governo dos EUA que comprovam que pelo menos 150 suspeitos levados à prisão de Guantánamo desde 2002 eram inocentes. Estes relatórios do Pentágono revelaram a utilização de métodos violentos e de táticas de interrogatório, como privação de sono e exposição prolongada a baixas temperaturas. A condenação de inocentes é uma constante nos Estados Unidos.
Vale lembrar que desde setembro de 1998, cinco patriotas cubanos – Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René Gonzáles –, se encontram presos em Miami, acusados de espionagem, apesar do testemunho de três aposentados do Exército dos EUA, generais e um almirante aposentado terem afirmado a inexistência de qualquer evidência de conspiração contra o governo. É essa democracia que o Jabor quer ver implantada no Brasil. Cruz credo!
Da Redação