O Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba (MPSC) vem a público expor as razões que o levam a protestar contra a visita da personagem cubana Yoani Sánchez ao Brasil.
A nossa indignação se amplifica devido a falsas informações divulgadas pelas grandes corporações privadas da mídia que reinam no nosso país (televisões, jornais e internet).
Nesse contexto, a blogueira cubana tem sua imagem construída pelo oligopólio midiático, aparentando ser uma mulher doce, honesta e portadora da verdade sobre a realidade cubana.
Seu discurso não se concentra diretamente na crítica ao socialismo, mas busca explorar aspectos das dificuldades enfrentadas pelo povo cubano no seu dia a dia, para, assim, dissimular os interesses que estão por detrás dela, tornando-a uma suposta mártir dos ideais da liberdade de expressão em Cuba.
Utilizando-se de linguagem simples e articulada, a blogueira tenta esconder os seus ideais de minar o sistema socialista, a peculiar democracia cubana. Seu objetivo? Promover o retrocesso com a instauração do capitalismo, que certamente seria capitaneado pelos terroristas cubanos que hoje vivem em Miami.
Porém, Sánchez já foi devidamente desmascarada. Já se sabe que ela não está só, mas acompanhada pelos já conhecidos inimigos da Revolução Cubana. Sánchez não passa de mais um dos episódios da gigantesca e histórica pressão das potências capitalistas contra o exemplo cubano, desde a vitória da luta armada de 1959.
A única novidade são as ferramentas utilizadas, como a internet, na tentativa de explorar a suposta contradição de gerações, dos que presenciaram a revolução e dos que vivem hoje das mudanças sociais que dela sucederam.
O fenômeno postiço Yoani Sánchez segue o mesmo rastro das invasões militares e mercenárias dos ianques ao território cubano; do terrorismo aberto comandado pelos residentes em Miami; das inúmeras tentativas de assassinato das lideranças da Revolução; das mentiras semeadas pela mídia internacional; dos inúmeros atentados perpetrados contra a população cubana; das sabotagens à produção do País e do infame bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba. Yoani Sánchez é uma dessas novas cartadas, agora baseada no ciberespaço da (des)informação.
O que já se sabe sobre a impostora Yoani Sánchez
É formada em Letras e Filosofia, especializada em literatura latino-americana. Já casada com o contrarrevolucionário Reinaldo Escobar, em Cuba, abandona o país em 2002, casa-se com um alemão e imigra para a Suíça. Por razões não explicadas, resolve retornar a Cuba em 2004, lugar que dizia odiar por ser “imensa prisão com muros ideológicos”.
Desde que criou o seu blog “Geração Y”, em 2007, causa surpresas pelo sombrio e meteórico prestígio que recebe de instituições que lhe conferem prêmios jornalísticos e literários e a destaca como pessoa das mais influentes no mundo. O fato é que esses “prêmios” se tornaram uma fonte de prestígio e renda sem precedentes: foram cerca de 250 mil euros em recompensa no curto período de pouco mais de um ano, o que corresponde a mais de 20 anos de salário mínimo na rica França e cerca de 1.500 anos de salário mínimo em Cuba.
O maior reduto da imprensa golpista das Américas, a Sociedade Interamericana de Imprensa, sediada em Miami (Flórida, EUA), nomeou-a vice-presidente regional por Cuba. Sánchez é correspondente de vários jornais conservadores no mundo, inclusive do Estado de São Paulo. Esse generoso cabide internacional de empregos lhe rende cerca de 6.000 dólares mensais, o que significa uma verdadeira fortuna para quem vive em Cuba. Isso confirma que ser “dissidente” em Cuba é meio de enriquecimento e prestígio com o aval imperialista.
Os Estados Unidos impõem bloqueio a Cuba, impedindo que qualquer empresa que possua 10% de capital estadunidense possa comercializar com a ilha. Todos os cabos que possibilitam a conexão cibernética que passam próximos a Cuba pertencem aos EUA. Assim, os cubanos ficam privados do uso mais acessível da rede mundial de internet. No entanto, Yoani Sánchez circula livremente em Cuba, coproduzindo seu megablog, com auxílio fenomenal de empresas estrangeiras que lutam pela derrubada do regime revolucionário. O mais curioso (e revoltante) é que a mercenária consegue passar por cima do bloqueio e receber fortes subsídios de empresas estadunidenses, enquanto crianças cubanas são privadas de medicamentos interditados pelo bloqueio. Seu blog usa o Paypal, sistema de pagamento online que nenhum morador de Cuba pode utilizar devido ao bloqueio estadunidense. O blog dela dispõe de Copyright, que também é vetado para qualquer cubano pelos Estados Unidos. É a empresa estadunidense GoDady que registra o domínio do blog de Yoani Sánchez e o sítio que o hospeda outros vários sítios da extrema direita no mundo, tendo potencial de banda cerca de 60 vezes maior que aquela de que todos os usuários de Cuba dispõem.
Quem paga a gestão de mais de 14 milhões de supostas visitas mensais ao blog? Quem sustenta suas diferentes contas de Twitter? Quem banca as cerca de 400 mensagens mensais desde Cuba, que lá custa 1,25 dólares cada?
Não precisamos de muita imaginação para saber do que se trata: Yoani Sánchez não passa de uma traidora de sua pátria, ancorada no que há de mais sujo no contexto atual dos mecanismos de complô mundial de Estados e corporações contra o exemplo de Cuba. Mesmo tentando dissimular, ela não esconde seu projeto de implantação de um “capitalismo sui generis” na ilha e o seu alinhamento com a política imperialista no mundo atual.
Por outro lado, jamais Yoani Sánchez lutou contra o bloqueio genocida imposto pelos Estados Unidos a Cuba. Jamais ela dedicou a sua influência (produzida) em prol da libertação dos cinco cubanos presos, injusta e ilegalmente, em solo inimigo (EUA). Sánchez jamais reconheceu o papel fundamental de Cuba no processo de independência de vários países africanos da década de 1970 e também no fim do apartheid na África do Sul.
Por que Sánchez não reconhece ser Cuba o país que tem o maior índice de desenvolvimento humano aliado ao respeito à natureza? Por que não reconhece Cuba como país que preserva e respeito aos direitos humanos nas mais diversas áreas?
Por esses e muitos outros motivos, nós do MPSC protestamos contra a visita dessa mercenária ao Brasil e, mais uma vez, denunciamos as corporações empresariais de comunicação, sob a forma de jornais, televisões e internet, que monopolizam a comunicação e impedem a liberdade de expressão no Brasil.
Pelo fim do monopólio das comunicações e pela liberdade de expressão no Brasil! Pelo imediato fim do bloqueio a Cuba!
Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba (MPSC)