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sábado, 23 de novembro de 2024

Violência: Não se cale, lute!

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Movimento Olga BenarioApesar da falta de divulgação e do boicote da mídia oficial, o Dia Internacional de Luta das Mulheres levou às ruas milhares de mulheres em todo o País, numa clara demonstração de que as mulheres estão dispostas a continuar lutando por igualdade e contra opressão, apesar de todas as dificuldades.

O Movimento de Mulheres Olga Benario, desde novembro passado, realiza uma campanha nacional de combate à violência contra a mulher com o lema:Violência: Não se cale, lute!, estimulando o engajamento das mulheres no combate à violência. O Movimento tem organizado as mulheres em 10 estados brasileiros, denunciando a desigualdade com que as mulheres são tratadas, a falta de assistência à saúde, falta de maternidades, a ausência de políticas públicas que garantam o direito às oportunidades iguais e a dupla jornada de trabalho. Além disso, lutacontra o aparato ideológico burguês, que tem como objetivo manter a mulher subjugada aos interesses mesquinhos e machistas dessa sociedade, que se baseia na desigualdade e na exploração de seres humanos. O Movimento tem lutado por uma sociedade igualitária em que homens e mulheres convivam em harmonia tenham direito a uma vida digna, o socialismo.

Com militância, cartazes, painéis, faixas, muita energia e combatividade, o Movimento de Mulheres Olga Benario participou das manifestações unitárias de mulheres no último dia 8 de março nos estados de São Paulo, Pará, Minas Gerais e Paraíba.

No Rio Grande do Sul, o Olga, juntamente com várias entidades, realizou um debate sobre o filme A fonte das mulheres e um ato no Largo Glênio Peres, Centro de Porto Alegre, que teve como bandeiras a violência contra a mulher, a autonomia do corpo da mulher, mais vagas nas creches e pré-escola e trabalho igual, salário igual. O ato também lançou o livro Essas Mulheres 2, iniciativa das educadoras do 39º Núcleo do CPERS (sindicato da educação), cujo tema foi a opressão em todas as suas faces. Para Fátima Magalhães, professora estadual e militante do Movimento, “a luta não é só uma questão de gênero, mas tem, principalmente, um caráter de classe e é também uma luta contra o sistema capitalista que oprime o conjunto dos trabalhadores, sobretudo as mulheres”.

No Rio de Janeiro, além de participar da manifestação unitária dos movimentos de mulheres, o Olga realizou uma ampla programação para comemorar o Dia Internacional de Luta das Mulheres, iniciando com uma panfletagem na porta da Demillus, empresa que basicamente só emprega mulheres.

Num ato em conjunto com a CUT, na Central do Brasil, foram realizadas denúncias da violência contra as mulheres, discriminações no campo do trabalho e da opressão a que as mulheres estão submetidas, colocando a luta como alternativa para enfrentar essa realidade. Na ocasião, foi realizada uma panfletagem.

Fez parte também da programação: manifestação em conjunto com o grêmio da Escola Técnica Adolfo Bloch; panfletagem no bairro de Acari e um ato no centro de Duque de Caxias organizado pelo Fórum de Mulheres de Caxias.

Em Natal (RN), foi realizada uma bela passeata no Centro. O ato foi convocado por diversas entidades, entre as quais o Movimento de Mulheres Olga Benario, o MLB, CUT, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento Bandeira Lilás, PT e PCR. A concentração aconteceu no local onde se realizava a assembleia dos professores, que participaram também do ato.

Muitas palavras de ordem, falas, energia e disposição marcaram a passeata. Pelo Movimento de Mulheres Olga Benario, falou Luciana Gomes, afirmando que “as mulheres devem se organizar cada vez para mais para desenvolver as lutas por suas reivindicações, como creches, lavanderias coletivas e restaurantes populares”.Pelo PCR, falou Samara Martins, que realizou uma justa homenagem à memória da companheira Valdete Guerra, do MLB, que, além de ter nascido no dia 8 de março, era uma mulher de luta e revolucionária.

Em Pernambuco, o Movimento de Mulheres Olga Benario organizou uma passeata no Centro do Recife. O ato contou com a presença de aproximadamente 180 pessoas, que saíram de diversos bairros, escolas e ocupações.

A concentração começou na Praça Maciel Pinheiro, e a manifestação prosseguiu pelas ruas da Imperatriz e Nova, panfletando e conversando com as mulheres, seguindo até a sede da Prefeitura. Houve a tentativa de impedir a entrada dos manifestantes no prédio. O ato durou toda a manhã. Depois de muita negociação, uma comissão foi recebida, entregando no gabinete do Prefeito um documento contendo uma série de reivindicações e recebendo o compromisso de uma audiência com o prefeito, na qual o Movimento teria um posicionamento sobre o documento entregue.

À tarde, o Movimento participou de um ato unificado do movimento feminino com todas as organizações de mulheres do Estado. Oficinas marcaram o início deste evento e depois uma passeata tomou conta da Conde da Boa Vista, principal avenida da cidade.

Em Caruaru, no Agreste, o Olga realizou um ato público no Centro da cidade, com panfletagem e entrevistas nas rádios e TV locais, apresentando o Movimento e denunciando a opressão e a violência sobre as mulheres, além de reivindicar mais creches nos locais de trabalho e nos bairros. À noite, na comunidade Novo Mundo, foi exibido o filme Olga. No final, houve uma comemoração com apresentação do cantor Costa Jr. e com comidas preparadas pelas companheiras da própria comunidade.

Fez parte ainda da programação do Movimento uma panfletagem com o material do Dia Internacional da Mulher na porta da fábrica Alpargatas em Carpina (Zona da Mata), em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores em Calçados da Região.

Movimento de Mulheres Olga Benario

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