Professora condenada por “sabotagem” e “terrorismo” no Equador

36

O ódio e a descriminação correísta declararam culpada de "sabotagem e terrorismo" a professora Mery Zamora	Em mais um capítulo da política de perseguição e criminalização dos movimentos sociais no Equador, o governo de Rafael Correia reabriu, mesmo após ser arquivado por falta de provas, o processo contra a líder sindical Mery Zamora, condenando-a por “sabotagem e terrorismo”.

Segue nota no site do Movimento Popular Democrático do Equador, do qual Zamora é dirigente, denunciando mais essa arbitrariedade cometida pelo regime de Correia.

O ódio e a descriminação correísta declararam culpada de “sabotagem e terrorismo” a professora Mery Zamora

Um dia após o dia das mães, o Décimo Tribunal Penal de Guayas declarou culpada a professora Mery Zamora, ex-presidente da União Nacional dos Educadores (UNE) e atual subdiretora nacional do MPD (Movimento Popular Democrático), do suposto delito de sabotagem e terrorismo, com uma pena prevista de 8 a 12 anos de reclusão de acordo com o Art. 158 do Código Penal.

Para o Diretor Nacional do MPD, Luis Villacís Maldonado, esta sentença é uma expressão do ódio e da perseguição política aos dirigentes sociais, e reflete uma descriminação contra as valentes mulheres que levantaram sua voz contra os abusos do poder. A sentença contra Mery Zamora é a conclusão de uma campanha sistemática de mentiras e insultos, visto que o processo havia sido arquivado por falta de provas, mas foi reaberto por pedido presidencial, e agora, sem provas, condenaram essa professora de forma ilegal e inconstitucional. Assim funciona a justiça do Equador.

Luis Villacís acrescentou que a equipe jurídica do MPD apelará dessa sentença, adotará todos os recursos legais no país e recorrerá aàCorte Interamericana de Direitos Humanos para denunciar este caso de flagrante violação dos direitos humanos no Equador. O diretor do MPD convocou todos os setores sociais e populares a levantar a bandeira de solidariedade a Mery Zamora e todos os dirigentes sociais, jornalistas e ecologistas que são perseguidos judicialmente pelo regime: “Frente a perseguição é hora da mobilização popular”, setenciou Vilaccís.

A professora Mery Zamora reiterou sua decisão de seguir enfrentando a prepotência e o autoritarismo do regime, de continuar a luta em defesa das maiorias, e confirmou sua participação na Convenção Nacional Extraordinária do Movimento Popular Democrático que se realizará em 18 de maio de 2013, na cidade de Quito.

MPD – Movimento Popular Democrático do Equador