Em referência ao primeiro tema do título acima, pela primeira vez na história do Brasil, o negro presidente da mais alta Corte do País, conforme editorial de Mino Carta na revista Carta Capital, “denuncia a falta de pluralismo da mídia e o racismo reinante nas redações e fora delas”.
Ante uma plateia internacional, em San José da Costa Rica, onde se realizou um congresso promovido pela Unesco sobre liberdade de imprensa, no discurso pronunciado em inglês, o ministro Joaquim Barbosa disse que os três jornalões brasileiros (Estadão, Folha e Globo), pecam pela “falta de pluralismo”, pela “fraca diversidade política e ideológica”, inclinando-se “para a direita no campo das ideias”. Em relação ao tratamento desigual a brancos e negros, pronunciou: “As pessoas são tratadas de forma diferente, de acordo com seu status, sua fortuna e a cor da sua pele: isso tudo tem um papel enorme no sistema judicial, especialmente em relação à impunidade”. Bravo, Excelentíssimo Senhor Doutor Presidente do Supremo Tribunal Federal!
Quanto às drogas, cito Uma carta para Dilma do insigne jurista Walter Fanganiello Maierovitch: “Acaba de acontecer em Brasília o Congresso Internacional sobre Drogas… O tratamento compulsório é adotado de forma policialesca em São Paulo e no Rio de Janeiro… Os participantes do Congresso Internacional elaboraram a denominada Carta de Brasília em Defesa da Razão e da Vida. E nessa fundamental carta que a presidenta Dilma vai receber, consta o alerta: “Vemos com indignação autoridades do Governo Federal a se pronunciar a favor dessa prática. Conforme o relator especial sobre tortura e outros tratamentos cruéis ou desumanos, junto ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, a internação forçada de dependentes químicos constitui tortura”.
Elio Bolsanello – SP