Atendendo o chamado da União da Juventude Rebelião (UJR), a combativa juventude paraense movida pela indignação com a situação da educação pública,a defesa do passe-livre estudantil e pelo fim dos leilões do petróleo brasileiro e contra a repressão policial participou ativamente do Agosto Rebelde.
As mobilizações iniciaram no dia 27 de agosto com um ato na Escola Pedroso, a maior da região metropolitana, onde os estudantes interditaram a Avenida Almirante Barroso durante duas horas, reivindicando melhorias estruturais e eleição direta para direção da escola.
A manhã do dia 29 de agosto foi marcada por umamanifestação que reuniu estudantes de 11 escolas que com muita agitação e palavras de ordem saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade em direção prefeitura, onde uma comissão de estudantes foi recebida pelo diretor-geral do gabinete do prefeito, ao qual foi entregue a pauta de reivindicação exigindo principalmente o passe-livre para os estudantes, congelamento da tarifa em R$ 2,00 por dois anos e contra a repressão da truculenta Guarda Municipal nas manifestações.
Continuando as mobilizações do Agosto Rebelde, na final da tarde do dia 29, os estudantes interditaram novamente a Avenida Almirante Barroso, desta vez em frente da escola estadual Souza Franco reivindicando climatização das salas de aula, água potável nos bebedouros e mais investimento na educação.
Para encerrar a semana de rebeldia, na sexta dia 30/08, a juventude se somou a paralisação nacional dos trabalhadores, participando de ato convocado pelas centrais sindicais em frente a TV Liberal, filiada da Globo no Pará, onde militantes queimaram um caixão representando a rede Globo, lançaram tinta nas vidraças e gritaram: “Fora a rede Globo, o povo não é bobo!”
Raquel Brício, coordenação nacional da UJR