Os trabalhadores da MGS (Minas Gerais Administração e Serviço) das Unidades de Atendimento Integradas – UAI, paralisaram as atividades na última sexta feira, dia 13 de setembro, em 12 unidades espalhadas por todo o estado. Esta luta é contra as demissões ilegais de trabalhadores concursados da MGS e também contra a Parceria Público Privada (PPP) que o governo de Minas quer implantar nestas unidades, passando para a iniciativa privada a responsabilidade de fazer as carteiras de identidade, passaportes e outros documentos que todo cidadão é obrigado a possuir.
Organizada pelo Movimento Luta de Classes – MLC, a paralisação atingiu 11 cidades, na maioria das regiões do estado, com a participação de mais de 600 trabalhadores. No sul de Minas a paralisação teve adesão em Poços de Caldas, Lavras e Passos. Na Zona da Mata paralisaram as unidades de Barbacena e Muriaé. Já na região do Alto Parnaíba, próxima ao triângulo mineiro, os trabalhadores da UAI de Patos de Minas também cruzaram os braços. No centro-oeste mineiro paralisaram os trabalhadores de Divinópolis, e na região central do estado o município de Curvelo também aderiu à paralisação. No município de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, também não foi diferente, assim como em Sete Lagoas, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. Na capital do estado o movimento também foi forte. Nas maiores regionais de Belo Horizonte, Barreiro e Venda Nova, os trabalhadores das UAI’s não abriram as unidades e foram para o centro da cidade protestar contra a criminosa privatização.
Na capital mineira o ato foi unificado no centro da cidade, na porta da maior unidade de atendimento integrado do estado, a UAI da Praça Sete. Com início às 6hs30 da manhã, os representante do Movimento Luta de Classes, com o apoio da Ames-BH (Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas) e do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) denunciaram o absurdo de repassar à iniciativa privada um serviço tão elementar ao povo mineiro.
A lógica do governo do PSDB é de PPP’s, assim como já fez no estádio Mineirão, nos presídios e no principal reservatório de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte – A PPP do Rio Manso. Por isso esta luta está só começando. Os trabalhadores da MGS deram um passo importante na luta contra as demissões e contra as PPP’s, cujo verdadeiro significado já caiu na boca do povo, pois na verdade PPP significa “o Povo Paga o Pato”.
Outras e maiores paralisações e mobilizações estão a caminho, os trabalhadores estão decididos a lutar até a vitória!
Viva a luta dos trabalhadores da MGS!
Renato Campos Amaral
Coordenação Nacional do Movimento Luta de Classes