No último dia 13 de outubro, o chefe de gabinete da Prefeitura de Madalena (a 180 km de Fortaleza), Francisco das Chagas Filho, matou a esposa, Andreia Jucá Terceiro, de 39 anos, com vários golpes de faca.
O ex-suplente de vereador em Fortaleza pelo PT do B, conhecido popularmente por ‘Alan Terceiro’, alegou que foi traído pela esposa, e por isso a matou. Um verdadeiro absurdo! O casal tinha três filhos e, após 18 anos, se separou devido a constantes brigas. Alan foi preso em flagrante na residência do casal, onde cometeu o crime, mas muitos assassinos de mulheres continuam soltos.
Infelizmente, o caso de Andreia não é uma exceção, e sim uma regra. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e o Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público Estadual (MPE), entre os anos de 2010 e 2012, a quantidade de mulheres assassinadas no Ceará saltou de 171 para 197, configurando um aumento de 15,2%. Em Fortaleza, foram 67 feminicídios, em 2010, e 77, em 2012, um crescimento de 14,9%.
De acordo com Rena Gomes, Delegada Titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM), o aumento é resultado da “cultura machista”, e defende ainda que, desde que a Lei Maria da Penha foi implantada, nunca se prendeu tantos homens agressores quanto hoje. Foram presos cinco mil em Fortaleza, e, a cada ano, são presos cerca de 600 agressores.
Enquanto permanecer a cultura machista de que a mulher é propriedade do homem, vamos presenciar casos como o de Andreia, assassinada brutalmente pelo ex-marido.
Paula Virgínia, Movimento de Mulheres Olga Benário – Fortaleza
Infelizmente a lei Maria da Penha não intimida estes monstros que se acham dono de suas companheiras.