Comunista Sérgio Miranda é homenageado com Instituto

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Comunista Sérgio Miranda é homenageado com InstitutoCom um plenário repleto de representantes de entidades sindicais e dos movimentos sociais, foi fundado, em Belo Horizonte, o Instituto Sérgio Miranda, durante solenidade realizada no auditório da Associação dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (AFEMG). O instituto, que tem como objetivo estimular debates e atividades políticos, além de dar suporte à luta dos trabalhadores por seus direitos, leva o nome do ex-deputado federal e comunista Sérgio Miranda, falecido no dia 26 de novembro de 2012, vítima de câncer de pâncreas. A mesa dos trabalhos foi composta pelo economista e jornalista Luiz Marcos Gomes, pelo jornalista Andanny Resende e pela engenheira e viúva de Sérgio Miranda, Cristina de Sá Brito.

Cristina Brito ressaltou a importância da criação do Instituto Sérgio Miranda em meio a uma conjuntura de efervescência política pós-manifestações de junho. “Com extrema combatividade e amplitude, o povo foi às ruas em junho, insatisfeito com muitas coisas, e vimos a tentativa de aproveitamento oportunista desse fato por forças que não têm nada a ver com o povo. Acredito que o Instituto pode contribuir com uma reflexão sobre a conjuntura”, afirmou.

A necessidade de criação de um polo que reúna militantes de diversas gerações para um debate aprofundado sobre a conjuntura política e resgate da história de luta foi ressaltada por Luiz Marcos Gomes, que completou 50 anos de militância em 2013. “Vejo com muito pesar pessoas que foram companheiros, que foram de nossas fileiras e que renegam a luta. Essa atitude equivocada gera confusão em nossas fileiras”. Luiz também lembra que Sérgio completou 50 anos de militância no ano passado sem em nenhum momento renegar sua história de luta.

Fizeram também intervenções Luiz Bernardes, representando a AFEMG; Luiz Sérgio Soares, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais-Secção Minas Gerais (Sindifisco); Leonardo Péricles, em nome do Partido Comunista Revolucionário (PCR); Rosângela Carrusca, representando o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh), e Eulália Alvarenga, coordenadora do núcleo mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida Pública.

Foram eleitos para a diretoria do Instituto Luiz Marcos Gomes (presidente), Luiz Bernardes (vice-presidente), Aldanny Rezende (secretário-geral), Lucia Cicharini, economista e professora da PUC-MG (tesoureira), Eduardo Nunes Campos, jornalista e advogado (diretor de Comunicação e Eventos), Sávio Bones, jornalista (diretor de Formação) e Fernando Alves, jornalista (diretor de publicações).

A atividade foi dedicada aos trabalhadores covardemente assassinados no Massacre de Ipatinga, ocorrido em 1963, na mesma data da fundação do Instituto, 7 de outubro.

Natália Alves, Belo Horizonte