Nos dias 26 e 27 de outubro, pouco mais de cinco milhões de pessoas participaram das provas no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Um número gigantesco, mas que já evidencia a exclusão que esse exame representa, a começar pela grande quantidade de faltoso à prova: quase de 2,3 milhões de candidatos (29% do total de inscritos), que resolveram não se submeter à maratona de provas preparada pelo Ministério da Educação.
O crescimento pela procura ao Enem é inegável, até porque persistimos no Brasil com o menor índice de acesso da juventude ao ensino superior na América do Sul, cerca de 16% dos jovens de 18 a 24 anos. Para edição deste ano, houve um crescimento de 26% em comparação ao ano passado, totalizando 7,8 milhões de inscritos.
A falta de vagas no ensino superior
Em 2013, o Governo disponibilizou pouco mais de 300 mil vagas nas universidades públicas do País.
A juventude que vai às ruas e exige seus direitos não pode aceitar essa exclusão. Devemos exigir o livre acesso do povo à universidade pública, pois educação é um direito de todos e dever do Estado e já que a adoção do Enem não resolveu este, que é o maior problema do ensino superior no País. A União da Juventude Rebelião (UJR) convida os jovens brasileiros a se somar conosco nessa luta, que só virá fruto de muita mobilização.
Coordenação Nacional da UJR
Que “notícia” mais tosca, sem fundamentação alguma. Como funcionaria este “livre acesso do povo” à universidade? Qualquer um pode se matricular em cursos de faculdades públicas sem avaliação prévia? Como você propõe que seja feita a seleção para os cursos mais disputados como medicina, direito, engenharias? Como você iria garantir a qualidade do ensino se qualquer um, não obstante sua formação anterior e capacidade acadêmica, pode ingressar nas melhores faculdades do país? Todos são iguais perante o ENEM (e os vestibulares), não há discriminação alguma. Quem passa na prova, garante sua vaga, basta estudar.
Acho que a questão não é a valiação em si e sim o total de vagas, entenda amigo Patrick, mesmo que 5 milhões de pessoas tivem o mesmo nível intelectual de Albert Einstein, só entrariam 300 mil porque só são disponibilizadas estas vagas. O correto seria estabelecer uma pontuação x para cada curso de acordo com sua complexidade e se 1 milhão atingissem está pontuação o governo teria que criar as vagas, aí sim acabaria a exclusão, isto sim é livre acesso a univesidade.