Cerca de 2000 manifestantes uniram forças na Marcha Antifascista na tarde do último sábado, 22 de março, em São Paulo.
A concentração do ato foi na Praça da Sé, centro da cidade, onde se reuniram diversas forças políticas. Organizar este ato antifascista e antigolpista foi uma ação contra os setores reacionários e conservadores que pedem a volta da ditadura militar.
Durante a manifestação lembrou-se que existem resquícios dos anos de chumbo presentes no nosso dia-a-dia. As mortes provocadas pelas milícias na periferia, os despejos das famílias de suas moradias e as violações da PM e do Choque nas manifestações contra a Copa da FIFA.
Na Praça da República os fascistas se reuniram em cerca de 300 pessoas, no que chamaram de “Marcha da família com Deus pela liberdade”, “reeditando” o movimento que buscou a derrubada do presidente João Goulart e contribuiu com o golpe de Estado em 31 de março de 1964. Os fascistas levantaram cartazes comemorando os 50 anos do golpe, instaurado para garantir os interesses da burguesia, do latifúndio e do imperialismo norte-americano.
Participaram da Marcha Antifascista diversos movimentos sociais, sindicalistas, estudantes, partidos de esquerda e anarquistas, compondo assim um grande ato que seguiu até o antigo DOPS, atualmente Memorial da Resistência, onde foi feito 1 minuto de silêncio para manter viva a memória dos que lutaram e tombaram nos porões da ditadura.
Também levantaram a bandeira pela punição aos torturadores e assassinos que agiram durante a ditadura militar e continuam em liberdade e comemorando um período putrefato da nossa história.
PCR São Paulo