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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Ato político em repúdio à Ditadura mobiliza estudantes de todo o país

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ato 01No dia 21 de abril, foi realizado um grande ato político em repúdio à Ditadura Militar e em defesa do direito à memória, verdade e justiça no encerramento do 3º Encontro Nacional dos Estudantes de Escolas Técnicas (Enet), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília-DF. O evento, organizado pela Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet), contou com cerca de 1.500 participantes, vindos de 24 estados, mais o próprio Distrito Federal.

No início do ato, foi feita uma homenagem aos militantes mortos pela Ditadura Militar, com a entrada no recinto, sob fortes aplausos, de estudantes carregando banners com as fotos de José Montenegro de Lima, Carlos Marighella, Nilda Carvalho, José Lima Piauhy, Emmanuel Bezerra e Manoel Lisboa. Montenegro, aliás, é o patrono da Fenet, pois, à época, foi preso e assassinado por organizar o movimento estudantil no setor de escolas técnicas em nível nacional. A plenária final também aprovou uma carta, endereçada à presidenta Dilma Rousseff e à Comissão Nacional da Verdade, para que se apurem as circunstâncias de sua morte e sejam punidos os responsáveis.

Falaram no ato, representando os militantes que combateram o regime, Amelinha Telles, ex-presa política e fundadora da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, e Carlinhos Marighella, advogado e filho do dirigente revolucionário Carlos Marighella. Ambos registraram a importância de reunir tantos jovens para debater o direito à memória, verdade e justiça, ampliando esta luta para várias localidades do país.

Amelinha fez um emocionante relato sobre as torturas que ela e sua família sofreram, inclusive seus filhos, ainda crianças. Já Carlinhos enfatizou a resistência aos regimes autoritários que se impuseram no país, desde o período em que seu pai teve cassado o mandato de deputado federal constituinte, em 1946, e posteriormente a resistência à Ditadura.

Redação

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