No dia 1º de maio, diversas atividades mobilizaram os/as trabalhadores/as de Campinas, interior de São Paulo, e marcaram o Dia Internacional dos/as Trabalhadores/as na cidade.
No início da manhã, aconteceu a tradicional missa do/a trabalhador/a na Catedral Metropolitana de Campinas. Ao mesmo tempo, centenas de pessoas, então concentradas no Largo do Pará, seguiram em passeata pelas ruas do centro da cidade até o Largo da Catedral. Durante a marcha, várias intervenções denunciaram a exploração do capital e os efeitos perversos da crise econômica mundial que continua a penalizar a classe trabalhadora com demissões, baixa remuneração e precarização do trabalho.
Por fim, já no Largo da Catedral, os/as trabalhadores/as realizaram um ato político. As intervenções seguiram denunciando os ataques à classe trabalhadora e o descaso com o povo, dando destaque ao Projeto de Lei nº 4330, que pretende legalizar a terceirização em todos os setores, ao bilionário gasto público com a Copa da Fifa e ao pagamento da dívida pública em detrimento de serviços sociais, e à negligência da prefeitura de Campinas frente ao caos na saúde, permitindo que a população campineira sofra a maior epidemia de dengue da história, com mais de 17 mil casos da doença em quatro meses.
Com a chamada “1º de Maio Sem Patrões e Sem Governo”, o ato unificou centrais sindicais, sindicatos, partidos e movimentos sociais organizados, ressaltando as seguintes bandeiras: redução da jornada sem redução dos salários; reforma agrária e urbana; fim do fator previdenciário; desmilitarização da Polícia Militar; estatização do sistema de transporte público; contra a criminalização dos movimentos sociais.
Evidenciando a exploração sofrida pela classe trabalhadora e as lutas travadas em nome de melhores condições de trabalho, o 1º de Maio permite enxergar que, enquanto houver capitalismo, os direitos dos/as trabalhadores/as estarão sob constante ameaça. Para conquistar o respeito e a dignidade que lhes são de direito, os/as proletários/as precisam acabar com todas as formas de exploração do homem pelo homem. Portanto, é preciso indicar o caminho: a luta da classe trabalhadora deve ser a luta pelo socialismo!
Carolina Matos e Yuri Ezequiel, militantes do PCR