No primeiro dia da Copa do Mundo, mais de três mil pessoas realizaram protesto em Belo Horizonte. A manifestação teve início na Praça Sete, seguindo até à sede da Prefeitura, onde ocorreram vários protestos contra a política de despejos promovido contra as ocupações urbanas em todas as regiões da capital mineira. Além disso, os manifestantes exigiram investimentos na educação e na saúde públicas e reforçaram o apoio dos movimentos populares e sociais à luta dos servidores públicos da cidade, que recentemente estavam em greve por melhores salários.
Em seguida, os manifestantes foram até a Praça da Liberdade. Ao chegar no local, se depararam com centenas de policiais da tropa de choque da PM e seu forte aparato em volta do relógio da Copa. Os manifestantes não se intimidaram e responderam a todo esse aparato com palavras de ordem pelo fim da polícia no Brasil e suas ações violentas.
Como os manifestações tentavam chegar mais próximo do relógio, os policiais deram início a sua onda de violência e repressão, jogando bombas de efeito moral, atirando balas de borracha, spray de pimenta, bombas de gás e de efeito moral, conseguindo dividir os manifestantes em duas ruas diferentes: um na Avenida João Pinheiro e outro na Rua Gonçalves Dias. Em pouco tempo dezenas de viaturas e policiais cercaram os manifestantes nas ruas em torno da Praça da Liberdade. Apesar disso, um grupo seguiu à Praça Raul Soares, tendo em seu encalce dezenas de soldados do Batalhão de Choque e pelo caveirão. Um grupo seguiu de volta até a Praça Sete onde os confrontos prosseguiram. Onze manifestantes foram presos, incluindo uma cinegrafista da mídia Ninja. Diante dos ataques e da violência desproporcional da PM, uma viatura foi virada pelos manifestantes.
Nova manifestação está marcada para sábado, dia 14, quando ocorre o primeiro jogo oficial em BH. A disposição é grande e os manifestantes não vão se intimidar com a violência policial do governo do PSDB, comandado pelo governador Alberto Pinto Coelho, por Antônio Anastasia e Aécio Neves. Os protestos continuam.
Redação Minas Gerais