Artistas de Hollywood são criticados por apoiar Palestina

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cartoon Hollywood palestine138Desde que Israel começou a bombardear a Faixa de Gaza, vários artistas de Hollywood manifestaram sua solidariedade ao povo palestino e pediram o fim da agressão israelense.

Entre as celebridades estão nomes como os das cantoras Rihanna e Selena Gomez, o diretor Jonathan Demme (de “O silêncio dos Inocentes” e “Filadélfia”), e os atores Mark Ruffalo (de “Os Vingadores”), Mia Farrow (de “A Rosa Púrpura do Cairo”), John Cusack (de “Procura-se um Amor que Goste de Cachorros”) e o ganhador do Oscar Javier Bardem (de “Vicky, Cristina, Barcelona”).

Entretanto, ao contrário do que acontece com outras causas humanitárias que costumam ser abraçadas por Hollywood, o posicionamento desses artistas não foi bem recebido pelos altos executivos da indústria cinematográfica estadunidense.

Segundo a revista The Hollywood Reporter, isso acontece porque há uma relação de “afinidade e apoio político” entre os estúdios de Hollywood (a maioria controlados por judeus) e os governos israelenses ao longo dos tempos, impondo aos artistas mais engajados uma espécie de proibição às críticas sobre a política de Israel contra os palestinos.

Patrulhamento nas redes sociais

Além da censura, existem também um forte “patrulhamento ideológico” por parte das pessoas mais reacionárias que seguem esses artistas nas redes sociais.

Rihanna, por exemplo, foi duramente criticada por “fãs” quando publicou uma mensagem em sua conta no Twitter com a hashtag #FreePalestine (“Palestina livre”). Minutos depois, a cantora foi obrigada a apagar a postagem. Algo parecido aconteceu com a também cantora Selena Gomez.

Já o espanhol Javier Bardem, um dos maiores atores da atualidade, não se intimidou e publicou uma carta aberta criticando os Estados Unidos, a União Europeia e a Espanha por se omitirem no que ele definiu como sendo “uma guerra de ocupação e de extermínio um povo sem meios”.

Segundo o ator, “no horror que está acontecendo em Gaza não cabe a distância nem a neutralidade. É uma guerra de ocupação e extermínio contra um povo sem meios, confinado a um território mínimo, sem água e onde hospitais, ambulâncias e crianças são alvos e terrorista suspeitos. É difícil de entender e impossível de justificar”.

Bardem conclui dizendo que está “indignado, envergonhado e magoado por tanta injustiça e assassinatos de seres humanos”.

A cada dia cresce a indignação contra os crimes cometidos pelo governo israelense, bem como a solidariedade com o povo palestino em sua luta pelo humano direito de existir e pela paz, e não há pressão ou censura que impeça esse sentimento de se desenvolver… até mesmo em Hollywood.

Da Redação