A Liga Internacional de Luta dos Povos (ILPS, sigla em Inglês) condena as últimas atrocidades perpetradas por Israel contra a Palestina e expressa seu incondicional apoio ao direito dos palestinos de se tornarem livres das décadas de ocupação sionista em suas terras. Ao mesmo tempo a ILPS condena as potências ocidentais lideradas pelos EUA por sua vergonhosa hipocrisia e apoio ao regime terrorista e sionista de Israel.
A atual agressão contra o povo palestino na faixa de Gaza já gerou centenas de mortes entre a população civil, milhares de feridos, e casas, hospitais, mesquitas e escolas destruídas. O sistema de abastecimento de energia e água está sendo aniquilado pelas bombas. Uma alta proporção dos mortos pelos bombardeios são crianças. Centenas de palestinos estão sendo ilegalmente presos, detidos e torturados.
Na última vez que os sionista invadiram Gaza, em 2008, eles mataram pelo menos 1100 palestinos enquanto a resistência pôde infringir ao inimigo apenas 13 baixas. Neste momento, Israel proclama alegremente que seus sistema anti-mísseis impediu qualquer morte em seu território. Mesmo assim, permanecem obcecados em destruir vidas e propriedades palestinas em escala massiva.
O crime de mais longa data do sionismo Israelense é a tomada violenta e ocupação da maior parte da Palestina, forçando os palestinos a permanecerem cercados em pequenos enclaves na faixa de Gaza e na Cisjordânia (West Bank) e sujeitos a flagrantes violações de direitos humanos. Na Faixa de Gaza, 1,5 milhões de palestinos são empilhados em um espaço de apenas 350 quilômetros quadrados. É óbvia a estratégia de Israel de tornar impossível o Estado palestino inviabilizando seus territórios com o uso do muro do apartheid, com a expansão de assentamentos e com os ataques violentos, expulsado-os a partir do mar e o forçando a população a fugir.
O pretexto para as recentes atrocidades de Israel foi o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses em um assentamento construído em terras roubadas dos palestinos. Sem apresentar nenhuma prova, Netanyahu culpou imediatamente ao Hamas e prometeu vingança. O Hamas negou qualquer envolvimento nas mortes. Netanyahu ignorou, inclusive, as exigências da ONU de que apresentasse evidências.
Há indícios de que a morte de três colonos pode ser uma bandeira falsa, usada para justificar mais uma agressão. Não seria a primeira vez, considerando eventos do passado, que falsos ataques foram usados como pretextos para justificar muitas medidas punitivas relacionadas com a chamada “guerra ao terror” e guerras de agressão contra países soberanos. Na se trata, portanto, de uma opinião fantasiosa.
Em Abril, o Fatah e o Hamas assinaram um acordo para pôr fim a sua longa rivalidade e formaram um governo unificado. Esse acordo acionou o sinal de alerta entre os sionistas e seus apoiadores em Washington. Os sionistas morrem de medo da possibilidade de unificação da resistência palestina contra a ocupação de Israel. Eles farão tudo para sabotar qualquer tentativa de que essa unidade ocorra.
A mídia monopolista do ocidente, como sempre, cumpre seu papel de justificar toda agressão israelense contra o povo palestino, inclusive culpando as próprias vítimas das atrocidades de Israel pelo sofrimento. Dão larga cobertura e horas e mais horas de reportagem com os parentes dos três colonos enquanto praticamente ignoram o brutal assassinato e carbonização de um adolescente palestino por colonos israelenses.
A hipocrisia sem limites dos políticos ocidentais é, da mesma maneira, condenável. Obama denunciou a morte dos três colonos israelenses como um “ato de terror insensível contra jovens inocentes” (um dos três era um soldado do exército israelense). Cameron (da Inglaterra) tentou superar Obama dizendo: “este foi um absurdo e imperdoável ato de terror perpetrado contra jovens adolescentes. A Inglaterra estará junto com Israel enquanto não houver justiça aos responsáveis”. Obama e Cameron alguma vez condenaram o assassinato de uma criança palestina em tão contundente maneira?
A mídia monopolista do ocidente, extremamente tendenciosa a favor de Israel, é igualmente condenável. Grandes meios de mídia de massa, como a BBC, dedicou várias manchetes e extensas reportagens para a morte dos três colonos, incluindo entrevistas com seus parentes. Uma dos principais canais de TV transmitiu ao vivo os funerais por mais de 9 horas. Isso nunca aconteceu com as vítimas palestinas do terror israelense.
Em contraste, houve completo silêncio dos políticos ocidentais quando dois palestinos de 16 e 17 anos foram mortos a tiro por forças de segurança israelenses em maio. A BBC fez uma breve menção dos assassinatos mas se apressou em apresentar a versão do exército israelense.
A ILPS convoca a todos os comitês regionais, aos comitês nacionais, a todos os membros da organização, as forças aliadas e todo o povo que deseja justiça e paz a protestar contra os crimes cometidos pelo sionismo israelense contra o povo da palestina apoiados pelos governos imperialistas do ocidente. A ILPS defende a luta dos palestinos para se libertar da ocupação e opressão sionistas e estabelecer seu próprio estado soberano.
Traduzido de: http://ilps.info/