Foi convocado para o dia 13 de março, sexta-feira, um dia nacional de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras contra o ajuste econômico neoliberal que está sendo realizado pelo atual governo. É uma convocação realizada por vários sindicatos, movimentos sociais e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A principal bandeira da marcha é a revogação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que atacam direitos conquistados como o seguro-desemprego, o abono salarial e o auxílio-doença. Além disso, a marcha será marcada pela defesa da Petrobras, empresa que representa 13% do Produto Interno Bruto do país e está sendo ameaçada pela ação de corruptos e pela vontade privatista de atores políticos de dentro e de fora do governo.
Como a marcha do dia 13 acontece a apenas dois dias das mobilizações convocadas pela extrema-direita para exigir o impeachment de Dilma (15 de março) é de se esperar certa polarização das posições pró e contra o governo federal. Essa situação, no entanto, apenas fortalece a necessidade da presença massiva na marcha, pressionando para barrar, sem nenhuma espécie de negociação, as medidas antipopulares propostas pelo governo.
Em São Paulo, a manifestação acontece em frente ao prédio da Petrobras, às 15h, mas outros atos vão acontecer nas principais cidades do país.
A marcha também defenderá a retirada da PEC 352/13, de autoria do ex-deputado petista Candido Vacarezza. Se aprovada, essa PEC significaria uma contrarreforma política que legalizaria a corrupção institucional da doação de empresas privadas aos partidos.
O Brasil vive um momento de múltiplas manifestações de rua que pressionam pela realização de transformações no país. Programas muito diferentes se confrontam nessas manifestações e interesses distintos estão em jogo. Esta realidade obriga a esquerda a ocupar as ruas no país todo, defendendo o programa da classe trabalhadora.
Da Redação