Nesta sexta-feira (10/04), dois dias após articular a aprovação do texto-base do PL 4.330 na Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha (PMDB) esteve na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, em João Pessoa, para promover uma sessão da “Câmara Itinerante”, na qual apresenta sua visão da reforma política.
Os movimentos sociais paraibanos organizaram uma “calorosa” recepção para o presidente da Câmara, acusado no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Centenas de manifestantes se organizaram na frente da Assembleia para repudiar o parlamentar, que é hoje um dos principais representantes dos interesses dos grandes empresários brasileiros.
Eduardo Cunha exigiu que os manifestantes fossem impedidos de entrar na Casa. Os movimentos sociais, então, forçaram a entrada e, após confronto com a segurança, ocuparam as galerias do plenário. A postura autoritária de Eduardo Cunha irritou ainda mais os manifestantes, que puxaram vaias e fizeram “apitaço”, calando os discursos dos deputados da bancada federal paraibana que votaram contra os trabalhadores na aprovação do PL 4.330.
Cunha, observando o insucesso de seus colegas, nem se aventurou a discursar e – aquele que deveria ser a estrela do evento – não falou sequer uma palavra durante toda a solenidade. Antes do previsto, foi encerrada a sessão, e ele fugiu pela garagem do prédio, falando à imprensa e acusando o governador do Estado de “omisso”, por ter não mandado a Tropa de Choque invadir o prédio e esvaziar, à força, as galerias – o que poderia ter resultado numa tragédia.
Estavam presentes à mobilização militantes de diversos movimentos sociais e organizações de esquerda, a exemplo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Partido Comunista Revolucionário (PCR), Consulta Popular, movimento LGBT, Levante Popular da Juventude, Movimento Luta de Classes (MLC) e Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
Antes da Paraíba, Eduardo Cunha já havia enfrentado protestos em São Paulo e Rio Grande do Sul. Os trabalhadores brasileiros devem seguir este exemplo e rechaçar o representante dos interesses empresariais no Congresso.
Redação Paraíba
#explicamoroporquesóoPT
a toda hora vem estes partidos políticos dizer que a Dilma não houve as ruas oque estamo pedindo é fora cunha vai ouvir ..